“Conecta – Festival Artes sem Fronteiras” reúne música, arte e gastronomia
Um evento capaz de unir música, gastronomia, arte visual, artesanato e uma feira com produtos produzidos por jovens empreendedores. O “Conecta – Festival Artes sem Fronteiras” irá proporcionar, entre os dias 23 a 27 de novembro, a experiência de novos olhares e novas formas de ocupar o espaço público, com uma estrutura pronta para receber 3 mil pessoas por dia na Praça Clóvis Beviláqua, em frente à Faculdade de Direito e ao lado da Casa do Barão de Camocim. O prédio histórico é um dos mais conhecidos do Centro de Fortaleza, que compõe o complexo da Vila das Artes e sedia, na mesma época do evento, a edição anual da Casa Cor. Promovido pelo Instituto Solaris, o Conecta tem o Apoio Cultural da TIM, do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), e da Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio da Secretaria da Cultura (Secultfor).
As 22 atrações foram selecionadas por uma equipe de curadores e, a cada dia, quatro atrações irão se apresentar junto com as atrações convidadas: o grupo argentino Duo Finlândia (quinta, 24), a banda paulista O Terno (sexta, 25) e o baiano Tom Zé, que irá encerrar a noite de sábado (26/11). Dessa forma, o Festival conseguirá reunir uma pluralidade de artistas em um espaço partilhado, promovendo usufruto social, a democratização do acesso à cultura e apropriação dos bens culturais de Fortaleza. “Como o próprio nome já diz, o festival irá misturar, juntar, unir diversas artes em um único lugar. Queremos mostrar que os mundos estão ligados, que até as fronteiras demandam pontes, que as coisas estão conectadas de alguma forma, sejam elas na música, na gastronomia, nas artes cênicas. Tudo está interligado”, explica o consultor de curadoria, Sérgio Sobreira.
Além dos grupos, artistas, produtores e outros agentes da cadeia produtiva da cultura, o Festival traz como diferencial a aproximação entre cidade, artista e público, destacando e valorizando a produção local, abrindo novas portas para a circulação de seus produtos e para a economia criativa. Uma das atrações nesse sentido será o Babado Coletivo, uma feira colaborativa que congrega trabalhos de estilistas, designers, chefs e artistas.
“Com uma programação densa e múltipla, o festival busca convergir em espaço central da cidade uma ampla diversidade de expressões, conectando a população com a produção local e tornando-se uma vitrine do mercado cultural do Estado”, explica a diretora do Instituto Solares, Ruby Araújo. “O Conecta possibilitará a criação de redes colaborativas para as artes, promovendo o intercâmbio de experiências e gerando inclusão social, diversidade cultural e desenvolvimento socioeconômico”, finaliza.
Intervenções artísticas
Outra parceria do Festival será com o Projeto Acidum, que fará intervenções artísticas visuais no espaço onde se dará o evento. As ações e construções criativas do Acidum têm como característica marcante seu repertório de seres obscuros, propagandas insanas, lendas urbanas, grafias desordenadas, cenários entorpecedores, elaborados a partir de um processo ritual de criação e produção. O grupo trabalhará com as possibilidades poéticas de atuação, seja pela arquitetura ou explorando o próprio peso simbólico que o lugar carrega em seus campos de visualização e trânsito, criando microuniversos numa relação entre obra-espaço-observador.
Mostra de Música
A cena musical cearense é a locomotiva da programação do Conecta. Por meio da mostra, o Festival busca contemplar 22 grupos/artistas do Estado, com base em princípios de valorização artística, difusão da boa música e compartilhamento de experiências. O processo seletivo para a mostra musical buscou contemplar a produção musical independente, compreendendo a importância da autonomia artística na formação de novos artistas e na prospecção de novos nichos de mercado.
As atrações escolhidas são: Astronauta Marinho, Beat N’Jazz, Capotes Pretos na Terra Marfim, Casa de Velho, Cid, Danchá, Erivan Produtos do Morro, Gustavo Portela, Lorena Nunes, Mad Monkees, Máquinas, Marieta, Mel Mattos, Navigue, Nayra Costa, Nazirê, Old Books Room, Procurando Kalu, Projeto Rivera, Rodrigo Colares, Subcelebs e Tripulantes da Sabiabarca.
Mostra de Design, Moda e Artesanato
O artesanato cearense, considerada uma das mais ricas e diversificadas do País, possui ampla repercussão e reconhecimento nacional e em outros países, seja pela qualidade dos artistas e profissionais envolvidos, seja pela beleza e criatividade de suas produções amplamente consumidas em diversos pontos de venda da Capital e interior. A Mostra, realizada sob a curadoria do Babado Coletivo, selecionou 50 artesãos, criadores e designers que trarão à Mostra produtos de diversos gêneros e estilos.
Feira Gastronômica – Projeto Boa Praça
A gastronomia cearense terá destaque no festival, com suas iguarias típicas e todo o potencial gastronômico do comércio ambulante. A praça de alimentação será uma Feira Gastronômica, parceria com o projeto Boa Praça, que tem à frente o chef Fernando Barroso. Uma equipe de profissionais ministrará capacitações para difusão das boas práticas e melhoria do potencial de produção dos cozinheiros expositores participantes, com valorização e inovação de insumos e receitas.
Serão ao todo oito barracas de comidas comercializando diversos produtos: Nem: Rei da Língua; Chef Marco Aguirre: Feijão do Vaqueiro; Eugênio Gondim: Sorbet de frutas regionais; Quixadá: baião de dois com carne de sol; Assis da Cidade 2000: Acarajé; Xavier do Lago Jacarey: Paçoca Sertaneja; Tia Maria da Cidade 2000: Vatapá de Arraia; Grupo de Estudos Alencarinos: Tilápia, Cuscuz, Cai Duro, Feijão Verde e Santo Doce Alencarino.
Além da presença das barracas com o melhor da gastronomia, durante a programação acontecerão Aulas Show, são elas: “Tilápia cozida ao natural no cajá umbu”, com o chef Élcio Nagano; “Cuscuz, vegetais da Ibiapaba na companhia de pescoço de cabrito”, com o chef e curador Fernando Barroso; “Cai duro cearense”, com Pedro Emílio; “Feijão verde, quiabo e mão de vaca”, com o chef Bernard Twardy e “Santo doce alencarino”, com a chef Kersya Coelho.
Seminário “Encontro Conexões Criativas”
No dia 23 de novembro, das 14h às 18h, na Vila das Artes, acontecerá dentro da programação o Festival “Encontro Conexões Criativas”, iniciativa que tem a parceria do Laboratório de Produção – Curso Técnico de Produção Cultural. O encontro tem o objetivo de tecer diálogos entre os diferentes setores culturais e suas possibilidades dentro do campo da economia criativa, proporcionando uma compreensão maior sobre a inovação na produção, na prestação de serviços e na incorporação de elementos culturais e criativos aos projetos.
Os debates serão guiados por três eixos: Economia Criativa, numa dimensão mais geral sobre a criatividade e inovação humana, tanto individual quanto em grupo, entendendo-a como forte estratégia de desenvolvimento nos diferentes setores do mercado; Gastronomia é um negócio criativo, abordando a inventividade incorporada no meio gastronômico como plano de sustentabilidade; e a Música como negócio, abrangendo o panorama econômico que atravessa as etapas da produção artístico-musical.
Os debates serão guiados por três eixos:
14 horas - Economia Criativa, com Vinícius Wu e mediação de Mardonio Barros
Compreendendo que a Economia Criativa consiste em gerar atividades alternativas ao modelo vigente, um ambiente que tem sido aliado na estruturação de novos modelos de negócios criativos são as redes sociais, que operam um sistema de comunicação que foge a verticalização do negócio e que possibilita novos modos de difusão e acesso à informação. É com base nisso que o debate colocará em pauta a diversidade e a inovação na economia criativa por meio do uso das redes sociais.
15 horas – Gastronomia é um negócio criativo, com Fernando Barroso
Apontando possibilidades atrativas para empreendedores, o mercado de alimentação requer cuidados específicos. Enxerga-se, então, a necessidade de refletir e planejar as variáveis que definem a modelagem do negócio e o posicionamento que a empresa terá no mercado, sendo este o foco do diálogo que correlaciona gastronomia, inovação e sustentabilidade.
16 horas – Música como negócio, com Gustavo Anitelli
O ecossistema do negócio da música pode ser definido como um conjunto formado por comunidades de negócios, dentre eles o show business, a indústria fonográfica, o direito autoral, que se inter-relacionam no microambiente de mercado com seus clientes, concorrentes, fornecedores e colaboradores. É visando entender a dimensão desse mercado que o debate se estabelece, a partir da experiência do Grupo musical Teatro Mágico.
Serviço
Conecta – Festival Artes sem Fronteiras
Data: dias 23, 24, 25, 26 e 27 de novembro
Local: Praça Clóvis Bevilacqua, em frente à Faculdade de Direito.
Horários: De 17 horas às 23 horas
Entrada: Gratuita
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