atendimento no consultório na rua
O fluxo de acolhimento é iniciado com uma triagem feita pela enfermeira e agente social. Dependendo do caso, o paciente pode ser encaminhado para o psicólogo ou médico (Foto: Tainá Cavalcante)

O Consultório na Rua ultrapassou 200 mil atendimentos a pessoas em situação de rua em Fortaleza. Os resultados foram alcançados após a Prefeitura ampliar o número de equipes, em maio de 2023, passando de uma para seis.

“O Consultório na Rua é um projeto que tenho um carinho especial, pois é um auxílio importante a pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. O trabalho das nossas equipes dá oportunidade aos usuários de receberem atendimento médico e de enfermagem adequados, além de apoio psicológico, inclusão em programas sociais e a distribuição de absorventes para pessoas que possuem útero e precisam ter a dignidade preservada”, detalha o secretário da Saúde, Galeno Taumaturgo.

As equipes, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos e agentes sociais, realizam atendimentos e procedimentos dos mais diversos. De uma sutura a um acompanhamento psicológico, o objetivo principal é prestar um serviço humanizado e de construção de vínculo com os pacientes.

Atendimento a pessoas em situação de rua

As equipes do Consultório na Rua atendem cerca de 2,4 mil pessoas em situação de rua por mês, sendo a maioria homens de 20 a 50 anos. O programa também realiza atendimento junto ao público infantil e feminino, incluindo gestantes.

O fluxo de acolhimento é iniciado com uma triagem feita pela enfermeira e agente social. Dependendo do caso, o paciente pode ser encaminhado para o psicólogo ou médico, onde pode realizar consultas, procedimentos, vacinação, exames laboratoriais e testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis como HIV, hepatite e sífilis.

A médica do programa, Maria das Graças, destaca a preocupação da equipe com o público atendido. “O diferencial da nossa equipe em relação a um posto ou hospital é que nós vamos até o território dos pacientes. Temos que saber respeitar esse espaço para realizar o atendimento da melhor forma possível”, explica.

O respeito e o cuidado dos profissionais são o ponto forte do serviço, de acordo com os pacientes. Marcos* vive em situação de rua há 15 anos e se diz grato pelo acolhimento da equipe. “Se não fosse eles [equipe de saúde], a gente não tinha como pegar remédio para gripe e dor. Antes, era muito difícil conseguir remédio porque pediam endereço e a gente não tem. E aqui a gente é tratado muito bem, é respeitado”, conta.

Joana* também é atendida com frequência pelo consultório itinerante. Ela conta que já realizou diversos testes e exames laboratoriais, além de curativos e suturas, e conta que o atendimento é eficiente. “Já chamei outras pessoas que conheço (em situação de rua) para conhecer, é muito bom”.

O cronograma de atendimentos é realizado de acordo com mapeamento das áreas de maior incidência de pessoas em situação de rua. A localização das equipes é divulgada semanalmente em outros equipamentos municipais que acolhem população em situação de rua, como os Centros Pop, centros de convivência, pousadas sociais, restaurantes populares e nos pontos de Higiene Cidadã.

*Foram utilizados nomes fictícios para preservar a identidade dos entrevistados

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A Prefeitura de Fortaleza recebeu, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), nesta quinta-feira (12/09), a comitiva internacional da Red Calle (Rede de Países Latinoamericanos para o Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas em Situação de Rua) para uma visita aos principais equipamentos de assistência social do município.

O Projeto Red Calle escolheu três cidades brasileiras (Brasília-DF, São Paulo-SP e Fortaleza-CE), que têm se destacado em políticas de assistência para pessoas em situação de rua, para fazer a visitação nos equipamentos, avaliação dos projetos e o intercâmbio entre gestores e sociedade civil. 

Na ocasião, foi possível a troca de experiências com outros países latinoamericanos, a fim de melhorar e mostrar os avanços das políticas públicas de assistência desenvolvidas pela Prefeitura de Fortaleza.  O passeio pelos equipamentos começou com muita música e clima de festa, no Refeitório Social.

“Viemos compartilhar experiências para melhorar a vida dessas pessoas. Apesar das diferenças entre os países, a condição de quem está na rua é muito parecida. Achei incrível o Refeitório Social, a qualidade da comida e ainda sem custo. Fortaleza está trabalhando muito bem”, declarou Karina Mello, integrante da comitiva da Red Calle e coordenadora dos programas de atenção às pessoas em situação de rua do Uruguai.

A comitiva da Red Calle esteve presente, também, no Centro Pop, no Abrigo para homens, na nova Pousada Social e no Centro de Convivência. “São muitos projetos e a Prefeitura de Fortaleza está tentando fazer coisas novas para dar soluções mais definitivas como, por exemplo, desenvolver a autonomia, por meio do próprio trabalho dessa população. Estou impressionada”, acrescentou Karina Mello.

O titular da SDHDS, Elpídio Nogueira, que acompanhou de perto a visita, apresentou ao projeto Rede Calle os principais serviços e resultados da Política de Assistência da Prefeitura de Fortaleza. O encontro ocorreu na Secretaria de Proteção Social , Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Estado. “Tivemos um momento positivo e muito importante. A visita do Projeto Red Calle vai redundar em novas ações para Fortaleza e ampliar o leque de atendimento para pessoas em situação de rua”, afirmou Elpídio Nogueira.

Sobre o Projeto Red Calle

O Projeto Red Calle é coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Social do Uruguai e integrado pelos governos do Uruguai, Chile, Costa Rica, Paraguai, Colômbia e pelo Instituto Italo-Latino Americano (IILA), com o apoio da União Europeia. O objetivo é melhorar as condições de vida das pessoas em situação de rua, a partir da troca de conhecimentos e experiências de políticas públicas e da sociedade civil organizada, nos países da América Latina e em países europeus.  

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O prefeito Roberto Cláudio inaugura, acompanhado pelo titular da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Elpídio Nogueira, a nova Pousada Social para Pessoas em Situação de Rua Meire Hellen de Oliveira Jardim, nesta segunda-feira (02/09), às 14 horas. 

A unidade, que vai funcionar diariamente no bairro Centro, das 20h às 08h, tem a função de garantir uma acolhida noturna, segura e temporária às pessoas em situação de rua que estejam sendo acompanhadas pelos Centros de Referência para População em Situação de Rua (Centros Pop), localizados no Centro e Benfica, e pelo Centro de Convivência. Serão ofertadas 100 vagas. A permanência dos usuários na Pousada é indefinida, ou seja, enquanto o usuário necessitar.

O Município já conta com uma Pousada Social, localizada na Rua Solón Pinheiro, também no Centro, disponibilizando 100 vagas diárias.

A rede socioassistencial especializada à população de rua de Fortaleza conta ainda com dois Centros Pop, Centro de Convivência e Abrigos.

Sobre a homenageada

Natural da cidade de Volta Redonda (RJ), Meire Hellen veio para Fortaleza ainda criança, na companhia do pai, Marcos Almeida Jardim. Meire Hellen ficou em situação de rua em Fortaleza e, por meio da equipe de abordagem social realizada na Cidade, foi encaminha para os serviços oferecidos pelo Centro de Referência para População em Situação de Rua (Centro Pop). Participou do Projetos Novos Caminhos e trabalhou com a venda de água mineral na Avenida Duque de Caxias. Meire Hellen faleceu no ano 2018.

Serviço
Inauguração da Pousada Social para Pessoas em Situação de Rua
Data:  02/09 (segunda-feira)
Horário: 14 horas
Endereço: Av Imperador, 775 - Centro

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Pessoas posando pra foto em frente a ônibus
O trajeto foi feito no ônibus da SDHDS, adaptado para cadeirantes

Prefeitura de Fortaleza realizou, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), no sábado (10/08), um piquenique para pessoas em situação de rua, na barraca do FF, localizada na Barra do Ceará. A iniciativa é parte do Projeto + Inclusão, que promove momentos de lazer e cultura a pessoas com deficiência e em vulnerabilidade social. A ação foi articulada pela Coordenadoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência de Fortaleza.

Na ocasião, 20 beneficiados assistidos pelos equipamentos socioassistenciais da Prefeitura puderam almoçar com vista para o mar e vivenciar um momento de lazer. O cardápio contou com peixada, carne de sol com baião de dois, batata frita e refrigerante.

No período da tarde, seis pessoas com deficiência foram à Arena Castelão para assistir ao jogo entre Ceará e Chapecoense pelo Campeonato Brasileiro de Futebol. O trajeto até o estádio foi feito no ônibus da SDHDS, adaptado para cadeirantes.

“Estamos dando inclusão às pessoas que nem sempre têm a oportunidade de viver momentos como esses. Precisamos entender as dificuldades desses fortalezenses e promover ações de ressocialização”, declarou o secretário da SDHDS, Elpídio Nogueira, que esteve presente nas ações.

Projeto + Inclusão

Criado em 2017, o Projeto + Inclusão já promoveu idas ao teatro, restaurantes, circo, cinema e estádio, promovendo momentos de lazer, cultura e esporte a fim de fortalecer os vínculos sociais de quem vive em vulnerabilidade.

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