Um enfermeiro e uma enfermeira caminham de costas num corredor do Hospital da Mulher
O Hospital conta com uma equipe multiprofissional de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, técnicos de enfermagem e equipe de apoio (Foto: Marcos Moura)

Há um ano, a pandemia também mudou a rotina do Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann (Hospital da Mulher). Desde 23 de abril de 2020, a unidade começou a acolher pacientes com Covid-19 e ampliou a oferta de assistência e tratamento na rede municipal de saúde de Fortaleza. Passado um ano, o hospital segue tratando as vítimas da pandemia com um atendimento humanizado e de excelência.

Inicialmente, em abril do ano passado, foram entregues 30 leitos de enfermaria no hospital, que direcionou o perfil dos novos leitos para atuar como unidade referência para tratamento da Covid-19 na rede municipal de saúde. Hoje a unidade conta com 127 leitos para tratamento da Covid-19, sendo 107 de enfermaria, 14 de UTI e 6 leitos de média complexidade.

“Tivemos que redefinir fluxos, processos, ampliar e redirecionar parte do hospital em dois espaços, de atendimento Covid e não Covid. Tudo isso sendo planejado e executado ao mesmo tempo, com a emergência que a pandemia precisava”, afirma Rodrigo Linhares, diretor do hospital.

Em um ano, o hospital internou 1,6 mil pacientes para o tratamento da doença. Foram registradas quase 1,4 mil altas, número positivo e conquistado por meio do esforço da equipe profissional e gestora. “Desde o início da pandemia, os profissionais da saúde vêm atuando de forma incansável na missão de salvar vidas. Essas pessoas, que corajosamente seguem nessa luta implacável, merecem todo o nosso respeito e reconhecimento”, ressalta Ana Estela Leite, secretária da Saúde de Fortaleza.

Atendimento humanizado

Antes da pandemia, o Hospital da Mulher já possuía o atendimento humanizado como um dos pilares do equipamento, por se tratar de um hospital maternidade, que já trouxe muitas vidas ao mundo. No momento de crise, extremamente desafiador com muitas perdas e luto, a unidade continuou buscando trazer um serviço acolhedor aos pacientes internados, que estavam longe de suas famílias, enfrentando uma doença desconhecida e assustadora.

A equipe multiprofissional de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, técnicos de enfermagem e equipe de apoio fortaleceu a aproximação do paciente com a família, trazendo otimismo no dia a dia do atendimento nas enfermarias, buscando mecanismos como realização de videochamadas com a família. “É esse tipo de atendimento humanizado que traz para um hospital o real sentido do cuidado de pessoas”, afirma João Batista, coordenador da Rede Pré-Hospitalar e Hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), os pacientes recebem atendimento multidisciplinar e especializado, com todas as tecnologias disponíveis, e a extubação é momento de grande comemoração, com mensagens motivacionais e placas comemorativas. Roni Rodrigues, fisioterapeuta da unidade, ressalta a importância dessas ações nos leitos críticos: “as pessoas foram entendendo que a UTI não era um ambiente final, mas, sim, curativo. Buscamos fazer com que os pacientes se sentissem capazes e fortes”.

O vídeo do fisioterapeuta com a equipe anunciando a extubação de uma paciente no hospital, com a mensagem escrita em um cartaz, emocionou e se tornou um dos exemplos marcantes na linha de frente contra a doença. Com amor, carinho, profissionalismo e toda dedicação, o Hospital da Mulher segue na luta para continuar salvando vidas.

Publicado em Saúde