05 de March de 2014 em Cultura
Estudantes visitam exposição “Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória”
Exposição permanece aberta para visitação até o dia 10 de março no Estoril
Na tarde da quinta-feira (27/2), os alunos do sexto ano da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental São Rafael visitaram a exposição “Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória”, que permanece em cartaz no Estoril até o dia 10 de março. Os estudantes tiveram a oportunidade de conferir um acervo raro, composto por fotos, fantasias, vídeos, adereços, que contam um pouco a história desta tradição.
O professor de inglês Sérgio Murilo, que acompanhou os alunos, destacou a relevância da visitação como uma oportunidade que os estudantes tiveram de conhecer mais sobre a cultura local. “Eu aprendi muita coisa sobre o Maracatu”, conta o aluno Paulo Matheus, de 12 anos, que apenas conhecia a manifestação por vê-la nos desfiles. “Aprendi que os Maracatus buscavam quebrar o preconceito”, ressalta.
Entre o material disponível na exposição, encontram-se gravações realizadas com Raimundo Alves Feitosa em 1943, o único registro sonoro das loas de maracatu antigo. Há também gravações de Mestre Juca e de Afrânio Rangel, a rainha de maracatu mais antiga do Ceará, que embora não mais desfile, foi responsável pela confecção de figurinos de diversos maracatus cearenses. Rangel, que hoje tem 80 anos, foi rainha dos maracatus Leão Coroado, Estrela Brilhante e Ás de Espada.
A Flávia Vitória, também de 12 anos, conta que o que mais chamou a sua atenção foram as fantasias (compostas pelo figurino da rainha e do rei do Maracatu Nação Iracema, indumentárias desenhadas pelo carnavalesco Izidoro Santos; pela saia e balaio usados pelo Mestre Juca do Balaio; e a coroa do Zé Rainha) e as calungas confeccionadas por Chico Batista.
As visitações das turmas da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental São Rafael têm ocorrido desde o dia 18/2, às terças, quartas e quintas. Além dos alunos, também visitaram a exposição os idosos do projeto Viva Melhor da Fundação Pirata na terça-feira (25).
Sobre a Exposição
Expressão cultural marcante na cultura cearense, o maracatu remete à ancestralidade, à negritude, religiosidade e aos festejos, principalmente ao Carnaval. Ao longo dos anos, o ritmo encanta e ganha novos adeptos. É justamente pela força de sua expressão, que o maracatu foi escolhido para ser o homenageado do Ciclo Carnavalesco 2014. Parte desta homenagem, a exposição "Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória”.
A exposição permite ao visitante fazer o percurso histórico do maracatu no Brasil e suas variações no Ceará, bem como, um encontro com as reminiscências dos brincantes dos maracatus já extintos, como Leão Coroado, Az de Espada e Estrela Brilhante, com a ancestralidade africana que assumiu novos tons em território brasileiro e com o sonho de visibilidade e afirmação construído a cada apresentação dentro ou fora do Carnaval. Os 13 maracatus em atividade em Fortaleza também são representados.
A exposição tem a curadoria e pesquisa da pesquisadora e doutora em Sociologia, Danielle Maia Cruz, autora do livro "Maracatus no Ceará: sentidos e significados", editado pela Universidade Federal do Ceará. Com curadoria e produção da jornalista Isabel Andrade e projeto expográfico de Rodrigo Costa Lima. A mostra também conta com acervo pertencente instituições que preservam a história da Maracatu.
Serviço:
Exposição "Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória"
Visitação: De terça a domingo, das 16h às 21h. Até o dia 10 de março.
Onde: Estoril (Rua dos Tabajaras, 397 - Praia de Iracema)
Informações: (85) 3105.1386
Gratuito
Estudantes visitam exposição “Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória”
Exposição permanece aberta para visitação até o dia 10 de março no Estoril
Na tarde da quinta-feira (27/2), os alunos do sexto ano da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental São Rafael visitaram a exposição “Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória”, que permanece em cartaz no Estoril até o dia 10 de março. Os estudantes tiveram a oportunidade de conferir um acervo raro, composto por fotos, fantasias, vídeos, adereços, que contam um pouco a história desta tradição.
O professor de inglês Sérgio Murilo, que acompanhou os alunos, destacou a relevância da visitação como uma oportunidade que os estudantes tiveram de conhecer mais sobre a cultura local. “Eu aprendi muita coisa sobre o Maracatu”, conta o aluno Paulo Matheus, de 12 anos, que apenas conhecia a manifestação por vê-la nos desfiles. “Aprendi que os Maracatus buscavam quebrar o preconceito”, ressalta.
Entre o material disponível na exposição, encontram-se gravações realizadas com Raimundo Alves Feitosa em 1943, o único registro sonoro das loas de maracatu antigo. Há também gravações de Mestre Juca e de Afrânio Rangel, a rainha de maracatu mais antiga do Ceará, que embora não mais desfile, foi responsável pela confecção de figurinos de diversos maracatus cearenses. Rangel, que hoje tem 80 anos, foi rainha dos maracatus Leão Coroado, Estrela Brilhante e Ás de Espada.
A Flávia Vitória, também de 12 anos, conta que o que mais chamou a sua atenção foram as fantasias (compostas pelo figurino da rainha e do rei do Maracatu Nação Iracema, indumentárias desenhadas pelo carnavalesco Izidoro Santos; pela saia e balaio usados pelo Mestre Juca do Balaio; e a coroa do Zé Rainha) e as calungas confeccionadas por Chico Batista.
As visitações das turmas da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental São Rafael têm ocorrido desde o dia 18/2, às terças, quartas e quintas. Além dos alunos, também visitaram a exposição os idosos do projeto Viva Melhor da Fundação Pirata na terça-feira (25).
Sobre a Exposição
Expressão cultural marcante na cultura cearense, o maracatu remete à ancestralidade, à negritude, religiosidade e aos festejos, principalmente ao Carnaval. Ao longo dos anos, o ritmo encanta e ganha novos adeptos. É justamente pela força de sua expressão, que o maracatu foi escolhido para ser o homenageado do Ciclo Carnavalesco 2014. Parte desta homenagem, a exposição "Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória”.
A exposição permite ao visitante fazer o percurso histórico do maracatu no Brasil e suas variações no Ceará, bem como, um encontro com as reminiscências dos brincantes dos maracatus já extintos, como Leão Coroado, Az de Espada e Estrela Brilhante, com a ancestralidade africana que assumiu novos tons em território brasileiro e com o sonho de visibilidade e afirmação construído a cada apresentação dentro ou fora do Carnaval. Os 13 maracatus em atividade em Fortaleza também são representados.
A exposição tem a curadoria e pesquisa da pesquisadora e doutora em Sociologia, Danielle Maia Cruz, autora do livro "Maracatus no Ceará: sentidos e significados", editado pela Universidade Federal do Ceará. Com curadoria e produção da jornalista Isabel Andrade e projeto expográfico de Rodrigo Costa Lima. A mostra também conta com acervo pertencente instituições que preservam a história da Maracatu.
Serviço:
Exposição "Maracatus no Ceará: Festa, Ritual e Memória"
Visitação: De terça a domingo, das 16h às 21h. Até o dia 10 de março.
Onde: Estoril (Rua dos Tabajaras, 397 - Praia de Iracema)
Informações: (85) 3105.1386
Gratuito