Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40 milhões de brasileiros não tiveram acesso à internet em 2019. A informação é da Pnad Contínua divulgada ano passado que afirmou também que 43% desse total não sabia utilizar a rede mundial de computadores. Com o objetivo de diminuir esse percentual entre moradores do residencial Maria Alves Carioca, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor) segue com o curso de informática básica.
A capacitação está levando para os participantes conhecimentos básicos sobre o tema, porém importantes para o cotidiano, é o que explica a professora Verúcia Teixeira. “O curso que estou ministrando é da área de tecnologia, sem restrição de idade, pelo qual eles vão aprender a utilizar um celular, um e-mail, fazer um Pix que são coisas com muita importância para a vida nos dias atuais”.
Para o estudante João Pedro Sousa, o curso é mais uma oportunidade de capacitação. “Esse curso é importante para a minha vida e para todos que estão fazendo, pois vai entrar no currículo para no futuro ir em busca de emprego que a maioria exige que saiba mexer em computadores”, observou o jovem de 17 anos.
A visão de João Pedro sobre o cenário atual de informatização é corroborada pelo especialista em Tecnologia da Informação, Delmy Oliveira. “Tudo hoje em dia passa pela tecnologia e a pessoa que não estiver habilitada para usar essas ferramentas, enfrentará séria dificuldades, pois como vai interagir num ambiente que é todo dependente dessa tecnologia”, alertou Oliveira.
Já no olhar da autônoma Ana Oliveira, a atividade agrega valores para além da formação. “O real valor do curso é estar aprendendo, é estar com pessoas, é estar se motivando. Isso agrega valores e faz a gente descobrir novas profissões e funções. Enfim é muito bom estar aprendendo”, disse a moradora, motivada.
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O trabalho social no residencial Maria Alves Carioca teve início no segundo semestre do ano passado e já promoveu mais 60 ações juntos aos moradores. O curso de informática básica, assim como o de Gastronomia, fazem parte do eixo de Desenvolvimento Econômico do trabalho social.