O Instituto Doutor José Frota (IJF) lança o Guia Prático para o Tratamento de Intoxicações Agudas do IJF nesta quinta-feira (26/04), às 19h30, no Auditório principal do hospital. A unidade de nível terciário da rede de assistência em saúde da Prefeitura de Fortaleza é referência no Norte e Nordeste no socorro às vítimas de grandes traumas, queimaduras e envenenamento por animais, plantas, medicamentos e demais substâncias químicas.
A publicação, que tem por finalidade orientar os profissionais de saúde quanto às medidas específicas no atendimento ao intoxicado, focando em acidentes comuns no Brasil e de maior incidência na Região Nordeste, será distribuída para todas as unidades de atendimento da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza, para os principais hospitais e centros de urgência e emergência médica do Governo do Estado e da rede complementar do Sistema Único de Saúde (SUS), instituições de ensino e pesquisa e órgãos de classe de profissionais em Saúde do Ceará.
O manual foi elaborado por mais de 20 profissionais, acadêmicos e pesquisadores das áreas médicas, farmacológicas e biológicas, sendo publicado com a colaboração da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap). Além de apresentar conceitos básicos sobre toxicologia, orientações sobre a melhor abordagem ao paciente intoxicado, diagnóstico, métodos de descontaminação e principais antídotos, o Guia Prático para o Tratamento de Intoxicações Agudas relaciona aproximadamente 600 fichas de informações toxicológicas, com indicação de possíveis agentes causadores, como animais, plantas, medicamentos, agrotóxicos, materiais de limpeza e produtos químicos.
De acordo com a médica Polianna Lemos, organizadora do livro, “intoxicações agudas são quadros extremamente peculiares de cada região do planeta, pois estão associados a animais típicos de um território, agrotóxicos empregados e permitidos pelo poder público, uso de medicações habitualmente prescritas para patologias comuns ou produtos de uso doméstico comumente adquiridos. Assim, é fundamental o conhecimento das características epidemiológicas, demográficas e até mesmo culturais para um melhor diagnóstico etiológico, que leva a uma terapêutica mais efetiva”.