28 de June de 2022 em Educação

Projeto com foco na cultura regional estimula leitura de alunos da Rede Municipal

Ação semanal atende cerca de 70 crianças da Escola Municipal Raimundo Moreira Sena, no bairro Granja Lisboa


projeto Confraria de Leitura
Projeto sediado na Rede Municipal democratiza acesso dos estudantes a livros, cordéis, revistas e mais materiais didáticos

Era uma vez uma agremiação de crianças reunidas em torno do objetivo de crescerem como cidadãs criativas e aptas a intervir na sociedade. Longe de ser fantasiosa, esta história é ambientada na Rede de Ensino de Fortaleza, por meio do projeto Confraria de Leitura. Sediada na Escola Municipal Raimundo Moreira Sena, no bairro Granja Lisboa, a agenda engaja estudantes dos 3º e 4º anos em experiências leitoras e interpretativas.

Com diferentes abordagens relacionadas ao enriquecimento do cotidiano escolar, atividades semanais são programadas para garantir a evolução no rendimento de cerca de 70 alunos, entre 8 e 12 anos de idade, envolvidos no projeto. No cronograma da Confraria de Leitura, explica o professor e idealizador João Teles, livros infantis dividem espaço com a apreciação de recursos como cordéis, jornais, revistas, filmes, músicas e palestras.

“O objetivo é ampliar a capacidade leitora dos estudantes, mas também queremos ajudá-los a compreender o mundo onde vivem. Para isso, além dos materiais, buscamos trazer outras possibilidades, como a visita de escritores, poetas e cordelistas à escola”, relata o professor.

Por trás da iniciativa há 26 anos, João Teles afirma que há, principalmente, o intuito de formar indivíduos conscientes das próprias expressões regionais. “Nosso foco é a cultura nordestina. Trazemos conteúdos sobre Luiz Gonzaga, literatura de cordel, artesanato nordestino, bandas cabaçais”, elenca, afirmando que a identificação cultural é responsável por reforçar a autoestima dos alunos “em um processo de valorização dos talentos que todos têm e podem expressar”.

Geovana Rodrigues
Geovana Rodrigues, aluna do 3° ano e integrante da Confraria de Leitura, já escreve seu primeiro livro, intitulado "A Princesa sem Príncipe"

Protagonismo estudantil
Como repercussão deste movimento de representatividade, há quem já esteja traçando os primeiros capítulos de histórias autorais. É o caso de Geovana Rodrigues, aluna do 3º ano da Escola Municipal Raimundo Moreira Sena e integrante assídua do grupo de leitura.

“Eu estou escrevendo um livro com o título ‘A Princesa sem Príncipe’. Nele, conto a história de uma princesa que não quer se casar. O pai dela faz vários planos para o casamento, mas a princesa luta para ficar sozinha. Sonho que este livro seja lido por outras pessoas”, aspira a estudante que, no encontro da última semana, apresentou aos colegas uma interpretação da revista “A Casa Mágica da Magali”, título escolhido por ela durante a dinâmica proposta na reunião.

No mesmo dia, a biblioteca da unidade escolar virou palco para declamação de poemas escritos pela confraria. O aluno Brian Samuel, também do 3º ano, ergueu a voz para recitar versos denominados “Ler é muito bom”. Segundo ele, a competência discursiva também é resultado do estímulo do projeto: “decorei tudo hoje! O professor falou uma vez só, e foi o necessário para eu aprender”.

Multiplicadores de saberes
As ações de incentivo à leitura são defendidas pela Rede Municipal como substanciais para a construção do conhecimento e da socialização infantil. A diretora Ledjany Amorim comenta que “práticas leitoras capazes de aflorar o senso crítico fazem parte da rotina das instituições da Prefeitura de Fortaleza”. Os estudantes que participam destas programações, observa a gestora, “passam a atuar como multiplicadores, colaborando com outras pessoas que têm dificuldades em relação à leitura”.

Exemplo de propagadora das vivências literárias, Ana Sofia Alencar, aluna do 4º ano, acredita que o gosto pela leitura a auxilia nos sonhos pessoais e na atenção com o coletivo. “Acho legal vir para a biblioteca, porque é importante para a gente aprender, crescer e conseguir um bom trabalho no futuro. Também já pude ajudar outras pessoas da minha sala a aprender a ler”, finaliza a estudante, orgulhosa.

Políticas da Rede de Ensino
A Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza (SME) incentiva o fortalecimento de ações leitoras criativas e inovadoras nas unidades escolares por meio de agendas como o Dia “D” da Leitura, Clubes de Leitura, Rodas de Leitura, Contação de Histórias, Leituras Compartilhadas ou Colaborativas, Mostra Literária, dentre outras iniciativas pedagógicas que, além de instigar a curiosidade e a oralidade, favorecem a alfabetização e o letramento dos alunos.

Para subsidiar tais ações, a Rede de Ensino oferta aos estudantes e professores do 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental a Arca Literária, instrumento facilitador da prática leitora. Com foco no desenvolvimento da leitura prazerosa, o material pedagógico complementar auxilia as vivências leitoras e oportuniza o acesso aos estudantes a diferentes tipos de leitura. Mais propostas incluídas no cotidiano escolar são: clubes de aprendizagem, oficinas de leitura, laboratórios de produção textual e oficinas de cultura e diversidade regional.

Projeto com foco na cultura regional estimula leitura de alunos da Rede Municipal

Ação semanal atende cerca de 70 crianças da Escola Municipal Raimundo Moreira Sena, no bairro Granja Lisboa

projeto Confraria de Leitura
Projeto sediado na Rede Municipal democratiza acesso dos estudantes a livros, cordéis, revistas e mais materiais didáticos

Era uma vez uma agremiação de crianças reunidas em torno do objetivo de crescerem como cidadãs criativas e aptas a intervir na sociedade. Longe de ser fantasiosa, esta história é ambientada na Rede de Ensino de Fortaleza, por meio do projeto Confraria de Leitura. Sediada na Escola Municipal Raimundo Moreira Sena, no bairro Granja Lisboa, a agenda engaja estudantes dos 3º e 4º anos em experiências leitoras e interpretativas.

Com diferentes abordagens relacionadas ao enriquecimento do cotidiano escolar, atividades semanais são programadas para garantir a evolução no rendimento de cerca de 70 alunos, entre 8 e 12 anos de idade, envolvidos no projeto. No cronograma da Confraria de Leitura, explica o professor e idealizador João Teles, livros infantis dividem espaço com a apreciação de recursos como cordéis, jornais, revistas, filmes, músicas e palestras.

“O objetivo é ampliar a capacidade leitora dos estudantes, mas também queremos ajudá-los a compreender o mundo onde vivem. Para isso, além dos materiais, buscamos trazer outras possibilidades, como a visita de escritores, poetas e cordelistas à escola”, relata o professor.

Por trás da iniciativa há 26 anos, João Teles afirma que há, principalmente, o intuito de formar indivíduos conscientes das próprias expressões regionais. “Nosso foco é a cultura nordestina. Trazemos conteúdos sobre Luiz Gonzaga, literatura de cordel, artesanato nordestino, bandas cabaçais”, elenca, afirmando que a identificação cultural é responsável por reforçar a autoestima dos alunos “em um processo de valorização dos talentos que todos têm e podem expressar”.

Geovana Rodrigues
Geovana Rodrigues, aluna do 3° ano e integrante da Confraria de Leitura, já escreve seu primeiro livro, intitulado "A Princesa sem Príncipe"

Protagonismo estudantil
Como repercussão deste movimento de representatividade, há quem já esteja traçando os primeiros capítulos de histórias autorais. É o caso de Geovana Rodrigues, aluna do 3º ano da Escola Municipal Raimundo Moreira Sena e integrante assídua do grupo de leitura.

“Eu estou escrevendo um livro com o título ‘A Princesa sem Príncipe’. Nele, conto a história de uma princesa que não quer se casar. O pai dela faz vários planos para o casamento, mas a princesa luta para ficar sozinha. Sonho que este livro seja lido por outras pessoas”, aspira a estudante que, no encontro da última semana, apresentou aos colegas uma interpretação da revista “A Casa Mágica da Magali”, título escolhido por ela durante a dinâmica proposta na reunião.

No mesmo dia, a biblioteca da unidade escolar virou palco para declamação de poemas escritos pela confraria. O aluno Brian Samuel, também do 3º ano, ergueu a voz para recitar versos denominados “Ler é muito bom”. Segundo ele, a competência discursiva também é resultado do estímulo do projeto: “decorei tudo hoje! O professor falou uma vez só, e foi o necessário para eu aprender”.

Multiplicadores de saberes
As ações de incentivo à leitura são defendidas pela Rede Municipal como substanciais para a construção do conhecimento e da socialização infantil. A diretora Ledjany Amorim comenta que “práticas leitoras capazes de aflorar o senso crítico fazem parte da rotina das instituições da Prefeitura de Fortaleza”. Os estudantes que participam destas programações, observa a gestora, “passam a atuar como multiplicadores, colaborando com outras pessoas que têm dificuldades em relação à leitura”.

Exemplo de propagadora das vivências literárias, Ana Sofia Alencar, aluna do 4º ano, acredita que o gosto pela leitura a auxilia nos sonhos pessoais e na atenção com o coletivo. “Acho legal vir para a biblioteca, porque é importante para a gente aprender, crescer e conseguir um bom trabalho no futuro. Também já pude ajudar outras pessoas da minha sala a aprender a ler”, finaliza a estudante, orgulhosa.

Políticas da Rede de Ensino
A Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza (SME) incentiva o fortalecimento de ações leitoras criativas e inovadoras nas unidades escolares por meio de agendas como o Dia “D” da Leitura, Clubes de Leitura, Rodas de Leitura, Contação de Histórias, Leituras Compartilhadas ou Colaborativas, Mostra Literária, dentre outras iniciativas pedagógicas que, além de instigar a curiosidade e a oralidade, favorecem a alfabetização e o letramento dos alunos.

Para subsidiar tais ações, a Rede de Ensino oferta aos estudantes e professores do 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental a Arca Literária, instrumento facilitador da prática leitora. Com foco no desenvolvimento da leitura prazerosa, o material pedagógico complementar auxilia as vivências leitoras e oportuniza o acesso aos estudantes a diferentes tipos de leitura. Mais propostas incluídas no cotidiano escolar são: clubes de aprendizagem, oficinas de leitura, laboratórios de produção textual e oficinas de cultura e diversidade regional.