Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado em 26 de janeiro, a Prefeitura de Fortaleza promove programação especial nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS), com a realização de testes rápidos, em caso de suspeita da doença, além de ações educativas sobre os sinais e sintomas da hanseníase, nos postos de saúde e nos territórios.

Nos dias 31 de janeiro, 1º e 2 de fevereiro, serão realizados mutirões para a conscientização e prevenção da hanseníase. Nestas datas, os postos das regionais de saúde IV, V e VI realizarão avaliações neurológicas simplificadas e exames físicos com palpação de nervos periféricos para identificação prévia da doença em pacientes sintomáticos.

Também no fim de janeiro, nos dias 29 e 30, ocorrerá o seminário sobre “diagnóstico e acompanhamento da pessoa acometida por hanseníase: um olhar atento e cuidadoso”, em parceria com a NHR Brasil e a Universidade Federal do Ceará (UFC). O público-alvo serão médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde de Fortaleza.

Onde procurar atendimento

Em casos de suspeita da hanseníase, basta procurar um dos 118 postos de saúde da Capital para a realização de consulta e exames que detectam a existência da doença. O diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento satisfatório e, quanto mais cedo for identificada a presença da hanseníase, maiores as chances de reduzir a ocorrência de incapacidades físicas.

Em Fortaleza, os agentes comunitários de saúde (ACS) realizam o trabalho de orientação junto às comunidades para identificação de sintomáticos dermatológicos, com o objetivo de identificar precocemente as pessoas que apresentam sinais da hanseníase e necessitem de avaliação.

A doença

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae, que infecta os nervos periféricos e, mais especificamente, as células de Schwann e a pele. Por isso, possui como principais sinais a alteração de sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e/ou espessamento de nervo periférico, com ou sem a presença do M. Leprae, com possibilidade de desenvolvimento de neuropatias, podendo causar incapacidades físicas e perdas funcionais, muitas vezes irreversíveis se o diagnóstico for tardio.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra por meio próximo e prolongado, através de tosse e espirro. Uma pessoa que está infectada, mas não está recebendo o tratamento, é a principal fonte de contaminação. Assim que o tratamento é iniciado, ela deixa de transmitir a doença, não havendo necessidade de afastamento do convívio social.

A hanseníase tem um quadro preocupante no Brasil. Em 2019, antes da pandemia da covid-19, foram notificados quase 30 mil novos casos da doença no país, de acordo com o Boletim Epidemiológico sobre a Hanseníase do Ministério da Saúde. Em 2020, 127.396 casos novos da doença no mundo foram informados à Organização Mundial da Saúde (OMS). Sendo 19.195 (15,1%) na região das Américas, e destes 17.979 notificados no Brasil, correspondendo a cerca de 93,6% do número de casos novos.

Balanço

Fortaleza diagnosticou cerca de 270 novos casos de hanseníase no ano de 2023, sendo estes acompanhados nas unidades de saúde do Município, através de consultas e medicamentos específicos. Já em 2022, foram identificados 339 novos casos da doença.

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Nesta quarta-feira (08/03), o Posto Osmar Viana, no bairro Jangurussu, recebe a visita de pesquisadores de diferentes países ligados à Netherlands Hanseniases Relief (NHR – Brasil) e NLR Internacional, que irão conhecer o trabalho de diagnóstico e tratamento de hanseníase na Rede Municipal de Saúde de Fortaleza.

Durante a ocasião, além de apresentar o desenvolvimento das atividades do Programa PEP++, realizadas pela NHR em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, também serão visitadas pessoas acometidas pela doença e seus contatos (pessoas que convivem/conviveram com alguém diagnóstico pela hanseníase).

A unidade Osmar Viana foi escolhida pelos critérios epidemiológicos. Em 2022, o bairro Jangurussu foi o terceiro com o maior número de casos de hanseníase em Fortaleza, com 11 pessoas confirmadas com a doença.

A ação integra o Workshop Zero Transmissão, promovido pela NHR Brasil e liderado pela NLR Internacional, reunindo pesquisadores do Brasil, Índia, Indonésia, Moçambique, Nepal e Holanda para discutir estratégias voltadas à interrupção da transmissão da bactéria em países endêmicos que integram a Aliança NLR.

Programa PEP++

O Programa PEP++ é uma pesquisa multicêntrica que acontece no Brasil, Índia Indonésia, Nepal e Bangladesh, países que concentram mais de 80% dos casos de hanseníase no mundo.
O estudo traz uma profilaxia pós-exposição para aqueles que convivem/convieram com pessoas diagnosticadas com hanseníase entre 2015 a 2022, apoiando na vigilância ativa de casos e contatos.

Atualmente, no Brasil, é utilizada apenas a imunoprofilaxia, que é uma segunda dose da vacina BCG. Em alguns países, se utiliza a rifampcina de dose única. O estudo, portanto, traz um regime de profilaxia aprimorado, com rifampcina e claritromicina em três doses.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge a pele e os nervos, podendo causar deformidades físicas. A partir do contágio, o aparecimento dos sinais e sintomas pode demorar, chegando a variar de dois até mais de 10 anos. O tratamento da doença deve ser iniciado imediatamente após a confirmação do diagnóstico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de evitar qualquer deformação.

“A hanseníase é uma doença negligenciada. O Brasil ser o segundo país com maior número de casos no mundo e o primeiro das américas é um problema de saúde muito sério, que merece nossa atenção”, explica Juliana Ramos, médica dermatologista referência no tratamento de hanseníase na Rede Municipal.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra por meio próximo e prolongado, através de tosse e espirro. Uma pessoa que está infectada, mas não está recebendo o tratamento, é a principal fonte de contaminação. Assim que o tratamento é iniciado, ela deixa de transmitir a doença, não havendo necessidade de afastamento do convívio social.

Em Fortaleza, no ano passado, foram confirmados 281 casos da doença, uma taxa de detecção de 10,4 por 100 mil habitantes. A diminuição da taxa nos últimos nove anos tem sido constante, chegando a 63% se comparada à de 2013. Na Capital, a doença atinge homens, em sua maioria, com uma média de 55% dos diagnosticados. Em 2022, apenas um caso evoluiu para óbito.

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Em alusão ao Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização e combate à hanseníase, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), intensifica as ações educativas de combate e conscientização da doença, nos postos de saúde da Capital. O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a existência da doença, seus sinais e sintomas.

Dentre as ações previstas, os postos de saúde irão ofertar ações de educação em saúde acerca da doença, além da intensificação da busca ativa de sintomáticos dermatológicos através das equipes das unidades. Na próxima terça-feira (24/01) será realizada uma ação alusiva na Praça do Posto Maria Cirino, no bairro Moura Brasil, com orientação e demonstração de figuras de lesões da hanseníase, entrega de material informativo e laços, palestra sobre a doença, além de outras ações em saúde.

De acordo a assessora da área técnica de hanseníase da SMS, Natália Farias, a hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo e, durante muitos anos, as pessoas acometidas foram duramente excluídas da sociedade. “A semana é oportuna para ampliar a divulgação dos sintomas da doença e esclarecer sobre o diagnóstico e tratamento adequado, pois a doença tem cura e o tratamento é feito gratuitamente em todos os postos de saúde de Fortaleza”, explica.

Em Fortaleza, no ano passado, foram confirmados 281 casos da doença, uma taxa de detecção de 10,4 por 100 mil habitantes. A diminuição da taxa nos últimos nove anos tem sido constante, chegando a 63% se comparada à de 2013. Na Capital, a doença atinge homens, em sua maioria, com uma média de 55% dos diagnosticados. Em 2022, apenas um caso evoluiu para óbito.

Sobre a doença

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge a pele e os nervos, podendo causar deformidades físicas. A partir do contágio, o aparecimento dos sinais e sintomas pode demorar, chegando a variar de dois até mais de 10 anos. O tratamento da doença deve ser iniciado imediatamente após a confirmação do diagnóstico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de evitar qualquer deformação.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra por meio próximo e prolongado, através de tosse e espirro. Uma pessoa que está infectada, mas não está recebendo o tratamento, é a principal fonte de contaminação. Assim que o tratamento é iniciado, ela deixa de transmitir a doença, não havendo necessidade de afastamento do convívio social.

Entre os sintomas da hanseníase estão o surgimento de manchas, perda da sensibilidade, perda de pelos, sensação de choque e fisgada nos nervos, além de dormência nas extremidades.

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A Prefeitura de Fortaleza promove atividades educativas e de enfrentamento à hanseníase nos 113 postos de saúde da Capital. As ações são organizadas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em alusão ao Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, celebrado no último domingo do mês de janeiro. O objetivo é alertar a população sobre sinais e sintomas da doença, incentivar a busca pelo serviço de saúde, favorecer o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno.

A programação prevê o engajamento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na realização da busca ativa de casos de hanseníase em áreas adjacentes aos postos, a intensificação de consultas e exames dos casos suspeitos, a avaliação de familiares e amigos de pacientes em tratamento, além de palestras, distribuição de material educativo, rodas de conversa, capacitação dos profissionais, dentre outras atividades. Nesta sexta-feira (25/01), as ações serão concentradas nos postos de saúde Licínio Nunes (), Mirian Porto Mota e Rigoberto Romero.

A hanseníase é uma doença que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois e até mais de dez anos. A doença é transmitida por meio das vias respiratórias: tosse e espirro. Os principais sintomas são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato; caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos; engrossamento do nervo que passa no cotovelo; dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços.

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A Prefeitura de Fortaleza informa que a Semana de Combate à Hanseníase nas Escolas não será realizada de 19 a 22 de março, como informado anteriormente. A nova data para a atividade será divulgada posteriormente.

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