Patricia
grupo de pessoas posa para a foto
Reunião ocorreu na quinta-feira (24/4) em Brasília

A Prefeitura de Fortaleza, por meio do gabinete da primeira-dama Cristiane Leitão e da Coordenadoria Especial da Pessoa com Deficiência de Fortaleza (Copedef), ligada à Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), avançou na adesão ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Novo Viver sem Limite, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

A primeira-dama do município, Cristiane Leitão, e o coordenador especial da Pessoa com Deficiência de Fortaleza, Celso Farias, reuniram-se, na quinta-feira (24/4), em Brasília, com representantes da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD). Fortaleza já possui as condições necessárias para oficializar a adesão ao Plano. O funcionamento do Espaço Girassol, voltado para acolhimento, inclusão e atendimento de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), síndrome de Down e outras deficiências, foi detalhado na reunião.

Na reunião, a primeira-dama destacou que a cidade está pronta para formalizar sua adesão ao Novo Viver sem Limite. “Estamos empenhados em fortalecer nossas políticas públicas para as pessoas com deficiência. O plano nacional chega para somar aos nossos esforços e ampliar as possibilidades de inclusão na cidade”, garantiu.

Durante o encontro, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, explicou a importância da cooperação entre os entes federativos para garantir que as políticas públicas cheguem nos territórios. “O diálogo é fundamental para garantir que as 95 ações delineadas no Novo Viver sem Limite sejam implementadas e possam promover um impacto positivo significativo na vida das pessoas com deficiência, suas famílias e comunidades”, afirmou.

O diretor de Relações Institucionais da SNDPD, Antônio José Ferreira, informou que, após uma primeira fase marcada pela adesão dos estados, o MDHC está mobilizado para ampliar o diálogo com os municípios. “A consolidação de uma política nacional para as pessoas com deficiência exige compromisso contínuo e articulação permanente entre União, estados e municípios. Já dialogamos com gestores municipais das cinco regiões do país, abrangendo desde pequenos municípios até grandes cidades”, reforçou.

Adesão

Para aderir ao Novo Viver sem Limite, os municípios devem contar com um órgão gestor da política para pessoas com deficiência, elaborar um plano local de ações e manter articulação entre as secretarias municipais. Também é necessário instituir conselhos municipais dos direitos da pessoa com deficiência.

O coordenador especial da Pessoa com Deficiência de Fortaleza, Celso Farias, reforçou o compromisso e alinhamento da capital cearense com os princípios do Novo Viver sem Limite. “Estamos com a estrutura pronta e com ações e projetos em andamento. A adesão ao plano nacional vai representar um passo estratégico para garantir o fortalecimento de uma política pública permanente e efetiva para as pessoas com deficiência em Fortaleza”, concluiu.

Novo Viver sem Limite

O Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, lançando em novembro de 2023 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, estabelece diretrizes para políticas públicas que visam a garantia dos direitos das pessoas com deficiência, suas famílias e comunidades em todo território nacional e está estruturado em quatro eixos fundamentais: gestão inclusiva e participativa; enfrentamento à violência e ao capacitismo; acessibilidade e tecnologia assistiva; e promoção dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

Até o momento, sete estados aderiram à política pública: Piauí, Maranhão, Bahia, Paraíba, Ceará, Alagoas e Pernambuco. Outros estados, como Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul, estão em processo avançado de adesão. O plano conta com um investimento previsto de R$ 6,5 bilhões e um total de 95 ações.

Na semana que se comemora o Dia do Trabalhador, o Sine Municipal está disponibilizando 1.697 vagas de emprego em Fortaleza, ofertadas por 190 empresas. Todas as oportunidades estão sujeitas a alterações e podem ser preenchidas a qualquer momento.

Confira as principais oportunidades:
Auxiliar de limpeza – 149 vagas
Auxiliar de cozinha – 114 vagas
Atendentes de comércio – 114 vagas
Armazenista – 73 vagas
Teleoperador – 63 vagas
Almoxarife – 50 vagas

Recrutamento e seleção de candidatos

Nesta semana, acontecem três processos de seleção nas unidades do Sine Municipal Aldeota e Maraponga para as empresas Supermercado Pinheiro, LanLan Salgados e Restaurante Mangai.

Supermercado Pinheiro – 155 vagas
- 35 vagas para auxiliar de limpeza
- 40 vagas para operador de caixa
- 40 vagas para repositor
- 40 vagas para armazenista
Data: 29/4 (terça-feira)
Horário: 13h
Local: Sine Maraponga (Rua Francisco Glicério, 290 - Maraponga)

Lan Lan Salgados – 10 vagas
- 10 vagas para atendente de lanchonete
Data: 30/04 (quarta-feira)
Horário: 9h às 12h
Local: Sine Maraponga (Rua Francisco Glicério, 290 - Maraponga)

Restaurante Mangai – 15 vagas
- 5 vagas para cumim
- 10 vagas para auxiliar de cozinha
Data: 30/4 (quarta-feira)
Horário: 13h
Local: Sine Aldeota (Av. Santos Dumont, 2500 - sala 17 - entrada pela rua Tibúrcio Cavalcante)

Serviço
Sine Municipal de Fortaleza
Atendimento: segunda a sexta-feira
Horário: das 8h às 12h e das 13h às 17h
Sine Municipal Parquelândia - Rua Dom Lino, 485-547
Sine Municipal Siqueira - Av. Augusto dos Anjos, 2466
Sine Municipal Aldeota - Av. Santos Dumont, 2500 - loja 17 - entrada pela rua Tibúrcio Cavalcante

Atendimento Remoto
Tel: (85) 3771-6655
Tel e WhatsApp para atendimento ao trabalhador e empregador: (85) 9 9432-1700
Tel e WhatsApp exclusivo para empregador: (85) 9 9248-2066
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

auditório da Agefis durante a palestra
A capacitação, realizada no auditório da Agefis, foi conduzida pelo secretário de Auditoria Interna do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 7ª Região – Ceará, Rodrigo Ribeiro Cavalcante

Com o objetivo de garantir uma fiscalização educativa e cada vez mais pautada na legalidade, no respeito ao bem-estar e aos direitos dos cidadãos, a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) promoveu, nesta sexta-feira (25/4), a palestra Abuso de poder: definição, como evitar e suas consequências disciplinares. A capacitação, realizada no auditório da Agefis, foi conduzida pelo secretário de Auditoria Interna do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 7ª Região – Ceará, Rodrigo Ribeiro Cavalcante.

Para Rodrigo, a orientação é um instrumento essencial para evitar abusos e promover soluções mais eficazes para a sociedade. “A fiscalização não deve ser apenas arrecadatória ou punitiva. Ela também tem uma função educativa extremamente importante. Quando o fiscal orienta, o cidadão pode corrigir a irregularidade de forma preventiva ou durante o processo de fiscalização, evitando sanções mais graves. Isso gera benefícios tanto para o Estado quanto para a atividade produtiva e para a sociedade como um todo”, destacou o secretário.

O superintendente adjunto da Agefis, Paulo Guedes, ressaltou a relevância do tema no contexto da atuação dos fiscais, que exercem poder de polícia administrativa. Segundo o gestor, é essencial que esse poder seja exercido com equilíbrio e sensibilidade.

“Nosso objetivo é promover uma abordagem educativa. Queremos que os cidadãos se sintam orientados e não punidos. O fiscal deve ser um agente de diálogo, que contribui para melhorar a qualidade de vida da população. Como servidores públicos, estamos aqui para servir, não para coagir”, afirmou Guedes.

A mediação foi conduzida pelos procuradores do Município de Fortaleza, André Leite e Nathan Matias Soares. A palestra foi proposta pela Corregedoria da Agefis e faz parte de um conjunto de ações contínuas da instituição voltadas para a capacitação dos servidores, promovendo uma fiscalização mais humanizada, eficiente e alinhada aos princípios do serviço público.

grupo de pessoas posa para a foto no quiosque do novo café Java
A solenidade de entrega dos equipamentos ocorreu na manhã deste sábado (Foto: Beatriz Boblitz)

O prefeito Evandro Leitão entregou, neste sábado (26/4), a reforma da Praça da Academia Cearense de Letras (ACL) e o novo quiosque que abrigará o Café Java – uma réplica do antigo ponto de encontro de intelectuais da Padaria Espiritual, tradicional grupo literário cearense. Com as obras, o espaço volta a integrar o circuito cultural do Centro, com infraestrutura e áreas de convivência revitalizadas.

Para o prefeito, a iniciativa reafirma o compromisso da gestão municipal com a valorização dos espaços públicos e com a dinamização da cultura e do comércio local. Evandro Leitão também antecipou que novas intervenções de revitalização serão realizadas na região do Centro e destacou o compromisso com o acolhimento da população em situação de rua que vive no entorno.

“Esta intervenção, com a reforma da praça e a criação da réplica do Café Java, demonstra nosso compromisso em dar ainda mais visibilidade a segmentos como a ACL. Além desta obra, nosso objetivo é revitalizar todo o Centro, com um olhar especial para as pessoas que vivem nesta região. Acolhendo a população em situação de rua, levando dignidade e cuidado para essas pessoas”, afirmou o prefeito.

Evandro Leitão também celebrou o simbolismo da Academia Cearense de Letras para a cultura local. “É fundamental mantermos uma relação de parceria com a sociedade civil. A ACL é um patrimônio pelo que representa: cultura, arte, literatura, com seus escritores, poetas e acadêmicos”, completou.

O presidente da ACL, Tales de Sá Cavalcante, comemorou a parceria com a Prefeitura e anunciou a realização de um concurso para formar novos “padeiros”, resgatando a tradição da Padaria Espiritual e envolvendo 20 jovens de escolas públicas da capital.

“É um marco para Fortaleza, um resgate histórico fruto da união entre os setores público e privado. Temos hoje um prefeito com liderança clara na cidade, e é muito positivo termos esse espaço de valorização da educação e da cultura. Lançaremos também a nova Padaria Espiritual, com um concurso voltado para alunos do Ensino Médio da rede pública. Entrarão os melhores, os que merecerem, pois o critério será meritocrático”, destacou Tales.

Nova praça e novo Café Java

a imagem mostra a fonte que fica na frente do quiosque do café java
A Prefeitura realizou uma série de melhorias no espaço (Foto: Kiko Silva)

Entre as principais melhorias realizadas, estão a instalação de gradis metálicos, pavimentação em pedra Cariri, novas redes elétrica e hidráulica, duas fontes ornamentais e novo paisagismo, com grama e jardim requalificados. A praça também recebeu serviços de terraplanagem, um novo sistema de drenagem e a construção de muros de contenção. O espaço ganhou ainda novas estruturas de acessibilidade, tornando-se mais inclusivo e democrático.

Já o Café Java foi construído com estrutura em alvenaria, piso em porcelanato e cobertura metálica termoacústica na cor vermelho-telha. O espaço contará com cozinha, copa e balcão de atendimento, fortalecendo a vocação cultural e comercial da praça.

A intervenção foi executada pela Coordenadoria Especial de Apoio à Governança das Regionais (Cegor), da Secretaria Municipal de Governo (Segov), com investimento estimado em R$ 900 mil. Além da Praça da ACL, o calçadão localizado entre as ruas do Rosário e Guilherme Rocha será requalificado, com nova área de convivência, paisagismo e esculturas em homenagem à literatura cearense.

duas mulheres abraçam uma criança. Todas estão de costas para a câmera
A festa ocorreu nesta sexta-feira (25/4) e contou com a presença das crianças e das famílias que as acolhem

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), realizou uma festa em alusão à Páscoa, nesta sexta-feira (25/4), para as crianças e adolescentes que participam do Serviço Família Acolhedora. A iniciativa proporciona a convivência familiar às crianças e adolescentes que estariam nos acolhimentos institucionais à espera da decisão de processos judiciais.

Presente no evento, a vice-prefeita e titular da SDHDS, Gabriella Aguiar, ressaltou a importância do serviço para o presente e futuro das crianças acolhidas. “O Família Acolhedora é um projeto belíssimo, em que pessoas vocacionadas no cuidado trazem para sua casa, para o seio do seu lar, a oportunidade dessas crianças que estariam em acolhimentos públicos, de viver uma experiência em família. E a gente sabe que essa vivência e experiência em família facilita, no segundo momento, o processo de adoção”, diz.

A vice-prefeita também acredita que a divulgação é a chave para alcançar mais famílias e acolher muito mais crianças. “Muita gente não conhece esse projeto, e a gente acha que teria uma adesão muito maior, porque nós temos um povo solidário e eu acredito no bem deste povo”, completa.

Atualmente, o Serviço Família Acolhedora conta com 20 famílias acolhendo 22 crianças e adolescentes. Desde seu início, em 2018, 63 famílias acolheram crianças e adolescentes que estavam em abrigos institucionais da Capital, totalizando 75 acolhidos. Algumas destas famílias já passaram por mais de uma experiência de acolhimento.

Segundo a coordenadora do serviço, Claudia Lopes, as crianças chegam por uma medida protetiva expedida pela Justiça, através do Conselho Tutelar, e em vez de irem para abrigos coletivos, eles são direcionados para uma Família Acolhedora. “Essa família se torna responsável por garantir os direitos dessas crianças, como saúde, lazer e educação”, frisa.

A equipe do serviço também disponibiliza semanalmente uma equipe que garante essas famílias dando o suporte necessário, desde a documentação até o processo de acolhimento. “Esse acompanhamento é feito rotineiramente por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, que fazem essa ajuda também no acompanhamento escolar”, reforça Claudia.

Para participar, as famílias interessadas se cadastram e passam por capacitação para receber as crianças e adolescentes, enquanto tramitam os processos judiciais que definirão se o acolhido retornará à família de origem ou seguirá para o processo de adoção.

Larissa, 30, e Iara Nogueira, 29, ambas técnicas em enfermagem, são família de primeira acolhida, relataram surpresa na rapidez do processo para a vinculação. “Em menos de um mês, após darmos entrada no processo, recebemos a ligação que tinha uma criança no nosso perfil”, conta. A família está em procedimento de acolhida de uma menina de 6 anos. “Hoje é nosso quarto encontro com ela e estamos muito felizes em poder cuidar dela”

A criança vinculada a Larissa e Iara já vem de outra família acolhedora: a da assistente social Kleibe Alves, pioneira no serviço no Ceará. Kleibe foi a primeira participante do programa e, desde então, já acolheu outras três crianças. “Fui até a sede da prefeitura, levei os documentos que eles pediam, fiz a capacitação e nos tornamos aptas a acolher uma criança”, relembra.

Ela, a irmã e a filha adolescente transformaram a casa para receber a primeira menina, com direito a quarto próprio e mudanças na rotina familiar. “Foi bem desafiador, pois nunca tivemos a convivência de criança dentro de casa, e sempre digo que não é fácil, mas foi muito gratificante.”

O vínculo criado foi tão forte que permanece até hoje. A primeira criança acolhida, que hoje está com quase 14 anos, continua em contato frequente com a antiga família acolhedora. “Aquela menina tão arredia, cheia de respostas na ponta da língua, hoje é uma pessoa tão centrada”, conta Kleibe. Em datas especiais, como aniversários e Natal, trocam mensagens, e a menina ainda passa alguns dias das férias no apartamento onde foi acolhida. “É muito gratificante ver a importância que tivemos na vida dessa pessoa. Ela estava em situação de rua e hoje está numa escola boa, é bem educada, tem uma mãe e um pai que ela ama e respeita.”

Como acolher

Para fazer parte do Serviço Família Acolhedora não pode ter intenção de adoção. Além disso, é necessária a concordância de todos os membros da família; os acolhedores precisam residir em Fortaleza há, pelo menos, um ano; não estar respondendo a processo judicial; ter idade igual ou superior a 21 anos, sem restrição quanto ao sexo e estado civil; ter disponibilidade de tempo para participar da capacitação das famílias acolhedoras, formação continuada e acompanhamento técnico familiar com equipe multiprofissional.

As famílias cadastradas no serviço Família Acolhedora recebem subsídio financeiro por criança ou adolescente em acolhimento. Além disso, o imóvel utilizado pela família se torna isento de pagamento do IPTU. Após o cadastro e seleção, a família acolhedora recebe capacitações e participa de reuniões para entender o processo e oferecer o melhor amparo aos acolhidos.

Os interessados em ser uma Família Acolhedora podem fazer o cadastro neste formulário on-line. Em caso de dúvida, o contato pode ser feito pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones: (85) 2028-0505 e (85) 9 9676-4419.

Marcos Vinícius Oliveira, Iasmyn da Silva e Rute Rellem  e professor Willamy Matos posam para a foto
Iasmyn da Silva, Marcos Vinícius Oliveira e Rute Rellem, que protagonizaram os curtas da Escola Hildete Brasil de Sá Cavalcante, ao lado do professor Willamy Matos

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Educação (SME), promoveu nesta sexta-feira (25/4) o Dia D da Leitura nas escolas da Rede Municipal de Ensino. A atividade faz referência ao Dia Internacional do Livro Infantil, celebrado em 2 de abril, e ao Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado no último dia 18. As experiências vivenciadas pelos alunos durante a programação marcam o início das ações de incentivo à leitura que serão desenvolvidas ao longo do ano letivo.

Data permanente do calendário escolar, o Dia D tem como objetivo potencializar as práticas leitoras nas escolas municipais. Ao longo da jornada, os estudantes participaram de diversas atividades lúdicas, como contação de histórias, apresentações teatrais, leitura de livros, recitais de poesias e dramatizações.

Uma das unidades que preparou uma programação especial foi a Escola Municipal Professora Hildete Brasil de Sá Cavalcante, no bairro Mondubim. A proposta envolveu diferentes linguagens, como rodas de leitura, dança e cinema, valorizando o caráter multidisciplinar da leitura.

A professora de Língua Portuguesa do 7º ano, Valéria Roldan, promoveu um ciclo de leituras com seus alunos e destacou o esforço para desenvolver competências diversas por meio do contato com os livros.

“Eles ficam com um título para ler durante dois meses. E, nos encontros semanais, fazemos o círculo de leitura. Hoje foi o dia de escolherem os livros, mas nas outras vezes os títulos já estavam definidos. Eles passam a ter esse contato mais aprofundado com a leitura”, explicou.

Sofia Paula segurando o livro A menina que fez a América
Sofia Paula escolheu o livro A menina que fez a América

A docente também comentou sobre o modelo de avaliação adotado, que foge dos formatos tradicionais.“Como é que eu avalio a leitura? Foge totalmente daquela ideia de ficha de leitura. Eles usam post-its para marcar momentos ao longo da leitura. Por exemplo: post-its para 'momentos tristes', 'momentos interessantes'. Eles destacam essas passagens e, em cada círculo, têm a obrigação de compartilhar essas impressões com os colegas”, completou Valéria.

O aluno Lucas Mendes escolheu o livro Extraordinário para ler durante o ciclo de leitura da turma. O romance narra a história de um garoto com a síndrome de Treacher Collins, que causa deformações faciais. Lucas contou que escolheu o livro pela capa, mas que está se interessando por outras leituras.

“Eu acho incrível. A leitura abre portas para novos mundos. A leitura estimula ainda mais a imaginação da gente, que é criança. Meu padrinho, desde que eu era pequeno, sempre foi fissurado em filmes, magia, ficção, essas coisas. Aí, quando ele soube que eu tava assistindo Harry Potter (porque minha tia me fez assistir), ele comprou toda a saga pra eu ler. E aí eu comecei a ler.”

Já Sofia Paula escolheu o livro A menina que fez a América, sobre a imigração italiana no Brasil. “Achei interessante porque gosto muito de Geografia. Então pensei que um livro sobre história e sobre o contato com continentes diferentes poderia ser legal.”

Outra ação realizada pela Escola Hildete Brasil de Sá Cavalcante foi a produção de curtas-metragens pelas turmas do 8º ano. Como explicou o professor Willamy Matos, a ideia era promover um contato diferenciado com a literatura, apresentando outros gêneros textuais para crianças e adolescentes.

“Os estudantes do 8º ano estudaram o gênero 'roteiro de cinema'. Mas, até então, isso era algo muito distante para eles — algo que viam só quando iam ao cinema, nas grandes produções. Aí pensamos: por que não fazer com que, no Dia D da Leitura, eles mesmos produzissem um curta-metragem?”

“A gente buscou histórias que envolvessem esse olhar: a aceitação de uma menina negra, a trajetória de um jovem negro com deficiência. São temáticas ligadas ao antirracismo, mas também aos sonhos dos próprios adolescentes”, completou.

Marcos Vinícius Oliveira, Iasmyn da Silva e Rute Rellem protagonizaram os curtas. Eles interpretaram, respectivamente: um garoto que queria ser campeão de tênis de mesa mesmo com deficiência física; uma menina negra que buscava aceitar seu cabelo; e uma jovem que sonhava em ser rapper.

“Foi uma experiência única. Nunca pensei que eu ia gravar alguma coisa. Acho que isso ajudou muito. Com a atividade, a gente entendeu melhor como fazer o filme, interpretar e até praticou as falas. Como já tínhamos estudado o roteiro, ficou mais tranquilo criar a história e depois interpretar”, contou Rute.

Leitura desde a primeira infância

O Centro de Educação Infantil (CEI) Professor José de Ribamar Moraes, no Jangurussu, também se destacou por levar a iniciativa da leitura à primeira infância. A unidade atende 230 crianças de 1 a 5 anos de idade.

A coordenadora pedagógica Vanesca Serpa comentou sobre as ações realizadas.“No Dia D da Leitura, programamos apresentações com as crianças, com músicas e danças. Também tivemos a leitura da história O Príncipe Preto, abordando a diversidade e a questão do antirracismo. São temas que trabalhamos diariamente, contemplando todas as crianças do CEI.”

“Muitas vezes, o primeiro contato das crianças com a leitura acontece aqui. Então buscamos trabalhar, todos os dias, a contação e leitura de histórias. Muitas delas já entendem a importância do livro, tanto para a formação quanto como uma forma de diversão. Isso é muito gratificante”, concluiu.

O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, entrega, neste sábado (26/4), às 11h, a reforma da Praça da Academia Cearense de Letras (ACL), no bairro Centro. A solenidade marca também a inauguração do novo quiosque do Café Java, espaço tradicional da cultura cearense que foi completamente requalificado. A ação reforça o compromisso da gestão municipal com a valorização dos espaços públicos e da memória cultural de Fortaleza.

A reforma da Praça da Academia Cearense de Letras revitaliza um importante espaço do Centro de Fortaleza, preservando seu valor histórico e promovendo a convivência e o comércio local.

A obra também contempla a construção de um amplo quiosque com estrutura apropriada para ponto comercial. O espaço, que será uma réplica do Café Java, antigo local de encontro dos intelectuais da Padaria Espiritual, contará com cobertura termoacústica, adornos e painéis

Serviço
Inauguração da Praça da Academia Cearense de Letras e do novo Café Java
Data: 26/4 (sábado)
Horário: 11h
Local: Rua Sena Madureira, 761 – Centro (esquina com Rua Guilherme Rocha)

prefeito e um grupo de pessoas no palco durante o evento de entrega da requalificação do viaduto
"Foi uma intervenção que, além de revitalizar o espaço físico, teve como foco o acolhimento e a humanização”, afirmou o prefeito durante o evento de entrega da requalificação do largo do viaduto da Via Expressa com a Avenida Dom Luís (Fotos: Beatriz Boblitz)

O prefeito Evandro Leitão entregou, nesta sexta-feira (25/4), a requalificação do largo do viaduto da Via Expressa com a Avenida Dom Luís, no bairro Papicu. O equipamento, que passa a ser mantida pela Organização Educacional Farias Brito, recebeu nova pintura e melhorias estruturais em seu entorno.

No último mês de março (29/3), a Prefeitura de Fortaleza já havia concluído a desocupação do espaço, promovendo o acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade que viviam no local. A ação envolveu um trabalho intersetorial com diversos órgãos municipais, que atuaram no cadastramento e encaminhamento dessa população.

Durante a entrega, o prefeito Evandro destacou o caráter humanizado da intervenção. “Mais de 70 pessoas viviam sob este viaduto e em seu entorno. Iniciamos um trabalho de sensibilização, acolhendo essas pessoas com diálogo, ações de cidadania, emissão de documentos, promoção dos direitos humanos e encaminhamentos para clínicas terapêuticas, unidades de acolhimento ou aluguel social. Foi uma intervenção que, além de revitalizar o espaço físico, teve como foco o acolhimento e a humanização”, afirmou.

lateral do viaduto que foi pintado em diversas cores vivas: vermelho, azul, branco, verde e laranja
O equipamento recebeu nova pintura e melhorias estruturais em seu entorno

Evandro também ressaltou que novas iniciativas voltadas ao acolhimento da população em situação de rua estão previstas para os próximos dias. “Está em curso uma nova intervenção que realizaremos em Fortaleza. Identificamos quatro bairros com maior concentração de pessoas em situação de rua: Parangaba, Benfica, o Centro e a Aldeota. Nessas regiões, estamos intensificando o trabalho de busca ativa e sensibilização”.

“Tenho reiterado que essa ação não será baseada no uso de força policial. Nosso caminho é o diálogo, a escuta e a construção conjunta de soluções. Queremos mostrar que é possível proporcionar uma vida com mais qualidade para essas pessoas, seja no retorno às suas casas, por meio do aluguel social, em unidades de acolhimento ou em clínicas terapêuticas, conforme cada situação”, explicou.

O diretor-superintendente da Organização Educacional Farias Brito, Tales de Sá Cavalcante, elogiou a parceria com a Prefeitura de Fortaleza. Segundo ele, a iniciativa reforça valores que a instituição já busca ensinar no dia a dia.

“Estamos seguindo uma linha que já ensinamos aos nossos alunos, principalmente às crianças, para que desde cedo se conscientizem de que a cidade é nossa. O Farias Brito, ao compreender que a cidade de Fortaleza pertence a todos nós, dá um exemplo. Estamos cuidando deste espaço com o mesmo carinho com que cuidamos dos nossos jardins e das nossas sedes. Temos certeza de que esse gesto será seguido por outros”, afirmou.

A vice-prefeita e titular da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Gabriella Aguiar, reforçou que as ações de acolhimento da população em situação de rua fazem parte de uma política contínua da Prefeitura, como o Pacto pela Superação da Situação de Rua, cuja primeira reunião foi realizada na última quarta-feira (23/4).

“O Pacto pela Superação da Situação de Rua faz parte do Plano Fortaleza Inclusiva, que visa promover a inclusão social de todas as pessoas. Nosso trabalho é pautado no cuidado integral com quem vive nessa condição. Não se trata apenas de retirar as pessoas das ruas, mas de garantir dignidade, saúde, assistência, moradia e oportunidades reais de recomeço. Para isso, temos construído uma articulação com a sociedade civil, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública, os movimentos sociais, os conselhos e as universidades, para que nossas ações sejam cada vez mais assertivas”, destacou.

Desocupação e acolhimento da população em situação de vulnerabilidade

Equipes das secretarias dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), da Saúde (SMS), do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), da Segurança Cidadã (Sesec), Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) e Defesa Civil atuaram na abordagem e sensibilização das pessoas em situação de rua vivendo no viaduto da Dom Luis.

A desocupação foi realizada pela Agefis, com apoio da Guarda Municipal, e, em virtude da sensibilização anterior, não houve registro de resistência. "Eles próprios compreendem a seriedade do trabalho e que as opções oferecidas pela assistência social e saúde são para o bem deles" destacou Guilherme Magalhães, superintendente da Agefis.

O trabalho foi iniciado com entrevistas aos educadores sociais que identificaram e escutaram suas principais demandas. Após os atendimentos socioassistenciais e médicos, foi disponibilizado ao grupo a emissão de documentos, inscrição ou atualização no Cadastro Único para concessão do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), a inscrição no Programa de Locação Social, encaminhamentos para atendimentos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), abrigamento em comunidades terapêuticas e acompanhamento religioso com padres ou pastores. Ainda na fase de cadastro e entrevistas, alguns moradores optaram por retomar os vínculos familiares.

grupo de pessoas posa para a foto
O Encontro de Nivelamento Conceitual e Socialização de Boas Práticas ocorre quinta e sexta-feira (24 e 25/4)

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), realiza, nesta quinta e sexta-feira (24/4), o Encontro de Nivelamento Conceitual e Socialização de Boas Práticas, com 60 educadores e educadoras sociais do município. O encontro reforçou conhecimentos, técnicas e atuações dos profissionais.

“Discutimos ética, postura profissional, princípios e valores que orientam uma atuação responsável, respeitosa e comprometida com os direitos e o bem-estar dos usuários. Saímos com ainda mais motivação para seguir construindo uma Assistência Social com base na ética do cuidado, da corresponsabilidade e da promoção da autonomia”, explica a técnica de Proteção Básica da SDHDS, Leidiana Nobre.

Entre as experiências apresentadas, estão o trabalho social com adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, grupos de crianças e idosos. Os educadores sociais presentes atuam no Serviço de Convivência da Prefeitura de Fortaleza e em organizações sociais parceiras, como Associação dos Moradores do Conjunto Tancredo Neves (AMNCT), Instituto de Assistência e Proteção Social (IAPS), Instituto de Defesa da Cidadania Social (ACFLOR) e Centro de Formação e Inclusão Social Nossa Senhora de Fátima (CFIS). Os profissionais foram orientados sobre os princípios do Serviço de Convivência e aprenderam sobre técnicas, como intervenção comunitária e mapas afetivos.

Conheça o Serviço de Convivência realizado pelos CRAS para proteção social

Uma das formas de apoio a indivíduos e famílias em vulnerabilidade social é realizado pelos 27 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) de Fortaleza e por organizações sociais reconhecidas pelo Sistema Único da Assistência Social (Suas).

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos foi incorporado ao SUAS em 2007 como uma proteção social básica, que previne riscos sociais, como o abandono, a negligência ou a violação de direitos.

Atualmente, pelo Serviço, os 27 Cras de Fortaleza acompanham 8.324 pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos proporcionando socialização, lazer e conscientização sobre direitos.

Em grupos divididos por faixas etárias, são desenvolvidas individualidade, autoestima, conhecimento sobre direitos. O objetivo é estreitar laços familiares, intergeracionais, superar fragilidades e facilitar novos projetos de vida com autonomia e dignidade.

Com atividades coletivas de lazer, esporte e artes, as pessoas acompanhadas podem desenvolver habilidades sociais, exercer a participação social nos seus territórios e receber encaminhamentos para suas necessidades.

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Oficina Estratégia Alimenta Cidades teve início na quinta-feira (24/4)

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Coordenadoria de Gestão Integrada de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosan) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), começou a realizar, na manhã desta quinta-feira (24/4), a Oficina Estratégia Alimenta Cidades. O objetivo é apresentar e debater um diagnóstico da segurança alimentar e nutricional no município de Fortaleza.

De acordo com a diretora de Promoção da Alimentação Saudável do MDS, Patrícia Gentil, o Alimenta Cidades é uma estratégia que tem como objetivo atuar de uma forma coordenada entre os governos Federal, Estadual e Municipal para garantir que as pessoas mais vulnerabilizadas tenham acesso aos alimentos.

“A ideia é que, ao apresentarmos o diagnóstico realizado pelo MDS, cada município faça sua rota de implementação, definindo suas prioridades de como desenvolver as suas estratégias voltadas para os territórios mais periféricos. Por exemplo, a agenda de agricultura urbana no município, as cozinhas solidárias, os equipamentos de segurança alimentar e nutricional”, afirmou.

A vice-prefeita e secretária dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Gabriella Aguiar, destacou a importância desse momento. “Esse é um momento de somar forças para cuidar das pessoas que mais precisam na nossa cidade. Com a orientação e a parceria com o Governo Federal e Estadual, por meio do Alimenta Cidades, poderemos não apenas implantar novas políticas como fortalecer as já existentes, por exemplo, as Hortas Sociais. Unindo forças, chegaremos ao objetivo principal, que é fortalecer a segurança alimentar e nutricional de Fortaleza”, explicou.

As atividades seguem até o final da manhã de sexta-feira (25/04), com visitas a iniciativas como a Horta Social da Granja Portugal e ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras) da Granja Portugal, onde será realizada uma ação social voltada para os usuários do equipamento.