A Prefeitura realizou, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), mais uma etapa do trabalho social previsto para famílias do Residencial Alameda das Palmeiras, no bairro Pedras (Regional VI). Cerca de 5.000 famílias foram beneficiadas com palestras, capacitação e recreação.
Previsto no projeto de construção do empreendimento, o trabalho social no Alameda das Palmeiras resultou em 150 atividades num período de um ano e envolveu uma equipe multidisciplinar de mais de 40 profissionais.
Entre as ações, destaque para capacitações voltadas ao emprego e renda. Treinamentos nas áreas de gastronomia e beleza permitiram que famílias montassem o próprio negócio. Além disso, informações importantes sobre a elaboração de currículos, marketing pessoal, inteligência emocional no trabalho foram aplicadas entre as famílias beneficiadas com unidades no residencial. “Podemos destacar o trabalho qualificado e habilidoso dos profissionais em lidar com a comunidade e suas vulnerabilidades”, enfatizou Mazé Lima diretora da Star Produções, empresa responsável pela capacitação.
Para a coordenadora de Programas Sociais da Habitafor, Andréa Cialdini, “o trabalho social é fundamental e complementa os anseios das famílias que habitam os empreendimentos. A execução da política habitacional não se dá apenas pela intervenção física e jurídica, mas também pelo trabalho social, que deve estar afinado às demandas das famílias beneficiadas, contribuindo para sua inserção social e gestão democrática dos investimentos públicos”, explica.
Resultados
Alguns dos resultados práticos já podem ser identificados como a capacidade de organização, o senso de solidariedade e a importância do trabalho em família.
No caso da família Damasceno, a dona Estefânia e a filha Jéssica, embora já trabalhassem com beleza, afirmam que a participação nos cursos elevou o sentimento de autoestima com o certificado exposto no salão. “Apesar de trabalharmos há muitos anos, eu nunca tive a oportunidade de fazer cursos e agora pude ter o meu diploma na parede e passar confiança para os meus clientes. Já a minha filha se especializou no design de sobrancelha e maquiagem e temos o salão como nossa renda principal”, explicou dona Estefânia.
Outro resultado do trabalho social foi identificado na marmitaria da dona Mairta Magalhães, conhecida como “Nêga”. Participante dos cursos, principalmente de culinária, ela conseguiu incrementar o negócio e atualmente fornece cerca de 50 refeições diariamente. “Os cursos me ajudaram a evoluir, me deram noções de finanças e organização de caixa”, afirmou a moradora.
Como resultado dos cursos de empreendedorismo e economia solidária, Maria Aparecida do Nascimento, não apenas montou o seu negócio como disponibiliza o espaço da própria banca para outros moradores. “Além dos meus produtos, eu ajudo outros vizinhos, dando espaço na minha barraca, sendo que um vende mais de 200 pães por dia e outro vende água. Para mim, que tive momentos muitos difíceis na família, vi nos cursos a retomada da minha autoestima” celebrou a microempreendedora.