A Rede Cuca e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) realizam, nesta quinta-feira (05/12), o pré-lançamento da exposição “Espera”, com fotografias dos alunos do Cuca Jangurussu. A mostra reúne imagens e depoimentos de pessoas que convivem com a dor da ausência e a esperança de encontrar familiares desaparecidos. O evento será realizado no Museu da Imagem e do Som (MIS), a partir das 18h. Aberto ao público.

Com curadoria do fotógrafo Celso Oliveira e produção de Léo Silva, “Espera” é composta por 30 imagens selecionadas a partir de ensaios realizados por alunos dos cursos de fotografia do Cuca Jangurussu com familiares de pessoas desaparecidas. Os fotógrafos são os jovens Dasha Shannah, Jefferson Moura, ⁠Caio Porfirio, Brenda Kelvia, Samara Carvalho, ⁠Laiza Lopes, Natã Rocha e Maria Clauziane.

Durante o evento, as imagens da mostra estarão projetadas na fachada do MIS. A exposição oficial será aberta no Cuca Jangurussu, onde ficará em cartaz entre os dias 10 e 20 de dezembro. A ideia é que, a partir de janeiro, a mostra circule por diferentes espaços públicos do Ceará.

“Espera”

“Espera” é resultado de um curso extensivo de Fotografia Documental, ofertado pela Rede Cuca em parceria com o CICV, sob orientação do professor Ulisses Narciso. Ao longo de quatro meses, os jovens tiveram aulas expositivas e práticas e participaram de oficinas e encontros para debater sobre temas como proteção de pessoas; mecanismos de busca e localização de pessoas desaparecidas; e comunicação no mundo humanitário, com especialistas da área. Para a captação das imagens, os fotógrafos foram acompanhados pelo CICV para visitar três famílias residentes da Região Metropolitana de Fortaleza que têm casos de familiares desaparecidos. “A parceria entre a Rede Cuca e o CICV nos alegra. O que a turma de fotografia apresenta nesta exposição vai além da expressão criativa: é um ato de empatia e coragem. Os jovens transformam suas vivências nas periferias de Fortaleza em um instrumento de sensibilização, abordando, através da arte, a dor do desaparecimento de pessoas. As lentes de suas câmeras capturaram – para além das imagens – os olhares e o coração que quem Espera - espera por seus entes queridos, por respostas e por justiça”, diz Mario Gutilla, chefe do escritório do CICV em Fortaleza.

De acordo com o professor Ulisses Narciso, que acompanhou os jovens durante todo o processo formativo, além de fazer uma seleção criteriosa dos jovens que se destacaram nos cursos de fotografia da Rede Cuca, o projeto primou por trabalhar com um material teórico que apresentasse a eles a fotografia documental, com leituras de portfólio de fotógrafos que se destacaram na produção de imagens com grande impacto na sociedade. “Para os alunos e alunas foi uma verdadeira revelação do quanto a fotografia pode contribuir para um mundo melhor. O curso extensivo como um todo foi muito positivo. A forma como os jovens se portaram, com respeito e muita empatia em relação às famílias, foi exemplar. E o resultado em termos da qualidade das fotografias, do ponto de vista técnico e estético, foi excelente e refletiu tudo o que foi discutido durante os módulos do curso extensivo”, destaca o professor.

Rede Cuca

A Rede Cuca é uma política pública de proteção social e oportunidades para jovens executada pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Juventude. Iniciada em 2009, atualmente, a Rede Cuca conta com cinco Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cuca), localizados nos bairros Barra do Ceará, Mondubim, Jangurussu, José Walter e Pici. O sexto Cuca está em construção e ficará localizado no bairro Vicente Pinzón.

Cada equipamento possui uma infraestrutura que conta com salas multiuso, estúdios de rádio, música, TV e fotografia, salas de artes cênicas, teatro, cinema, ginásio poliesportivo, piscinas semiolímpica e infantil, quadra de areia, salas de artes marciais e biblioteca.

Todas as ações desenvolvidas pela Rede Cuca são GRATUITAS e têm como público-alvo jovens de 15 a 29 anos e suas famílias. Mensalmente, são ofertadas cerca de 7 mil vagas, somando práticas esportivas, cursos de artes (dança, teatro e música), cursos de formação (nas áreas de tecnologia, linguagens, ciência e educomunicação), além de oficinas e capacitações profissionais.

CIVC

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é uma organização humanitária neutra, imparcial e independente, presente em mais de cem contextos. Atua há cinco anos em Fortaleza para contribuir com as autoridades municipais e estaduais e com a sociedade civil na resposta às consequências humanitárias da violência armada.

O escritório do CICV tem diferentes programas que atuam de maneira coordenada e transversal para apoiar a sociedade e o Estado brasileiro na elaboração e implementação de respostas multidisciplinares e sustentáveis, em benefício das comunidades impactadas pela violência armada.

Serviço:
Pré-estreia da exposição “Espera”
Data: 5/12 (quinta-feira)
Horário: 18h
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS) (Av. Barão de Studart, 410 - Meireles)

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alunos da amsec assistindo aula
Ao todo, 25 servidores da Guarda Municipal de Fortaleza e uma servidora da Guarda Municipal de São Gonçalo do Amarante participam da capacitação, promovida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

A Academia de Segurança Cidadã (Amsec), da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã de Fortaleza, iniciou a 4ª Formação de Instrutores em Normas Internacionais de Direitos Humanos aplicadas à função da Guarda Municipal, na manhã desta terça-feira (02/05). Ao todo, 25 servidores da Guarda Municipal de Fortaleza e uma servidora da Guarda Municipal de São Gonçalo do Amarante participam da capacitação, promovida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

A formação abrange 80 horas de aulas presenciais, com instruções teóricas e práticas, e 60 horas de aulas na modalidade à distância, totalizando uma carga horária de 140 horas. As disciplinas e palestras envolvem temáticas como comando e gestão, abordagem a pessoas e veículos, manutenção da ordem pública e consequências humanitárias, gerenciamento de crises, entre outras.

O curso visa preparar os servidores para atuarem como instrutores/multiplicadores de conceitos, princípios e normas internacionais de proteção dos direitos humanos e sua incorporação ao direito nacional, e como instrumentos influenciadores de comportamentos e mudança atitudinal.

De acordo com a coordenadora da Amsec, Márcia Maria Vieira, o curso, em parceria com o CICV, é de insigne importância para o fomento de uma Guarda humanizada. “Estamos formando instrutores para transmitirem uma abordagem padronizada e dentro das normas internacionais de direitos humanos, o que, consequentemente, acarretará em um melhor atendimento à população de Fortaleza”, explica.

Acordo de Cooperação Técnica com o CICV

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã (Sesec) e da Academia de Segurança Cidadã (Amsec), mantém o acordo de cooperação técnica com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), desde março de 2019, visando ao compartilhamento de ações educacionais e o intercâmbio de conhecimentos com os profissionais da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF).

“A parceria com a Cruz Vermelha é sempre motivo de orgulho para qualquer instituição. A Secretaria da Segurança Cidadã, através da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, vem mantendo essa parceria e busca, cada vez mais, uma maior aproximação para possibilitar que mais projetos e programas sejam desenvolvidos e beneficiem a população de Fortaleza”, concluiu o Secretário da Segurança Cidadã, Cel. Holanda.

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participantes do curso sentados assistindo aula
Modalidade presencial teve início nesta segunda-feira (19/09) e terá 80 horas/aula

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã (Sesec), e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), iniciaram, na manhã desta segunda-feira (19/09), as aulas presenciais da formação de instrutores em normas internacionais de direitos humanos aplicadas à função de guarda municipal.

25 servidores foram selecionados previamente por meio da modalidade de Ensino a distância (EaD) para a capacitação, que contou com 60 horas/aula, já finalizadas. Na modalidade presencial, de 80 horas/aula, os alunos receberão instruções sobre as origens do CICV e o diálogo com as forças policiais e de segurança, noções gerais sobre didática, estratégias de comunicação, manutenção de ordem pública e consequências humanitárias, dentre outras. Esse formato híbrido de capacitação é primeiro a ser implantado pelo CICV, sendo a Guarda Municipal de Fortaleza o modelo para referência de futuras capacitações na área de direitos humanos.

O corpo discente é formado por 21 servidores da Sesec e Guarda Municipal de Fortaleza e quatro servidores das guardas municipais de Maracanaú e São Gonçalo do Amarante.

Para a chefe do Programa com Forças Policiais e de Segurança da Delegação Regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Virgínia Canedo, a parceria com a Guarda Municipal de Fortaleza e com a Sesec é muito importante, por sempre trazer algo novo, bem-aceito e que pode ser reaplicado em outras instituições. “Quando começamos nossas primeiras conversas com a GMF, tudo que nós apresentamos e propomos foi muito bem recebido pela instituição. Está sendo, também, uma nova experiência que nós estamos levando à frente com muito sucesso. Quando fizemos o primeiro curso, desenvolvemos protocolos operacionais padrões que nunca tínhamos feito antes com guardas municipais. Iniciamos, hoje, um novo modelo de curso, sendo essa a primeira turma com modalidades EaD e presencial na mesma capacitação”, explicou.

O secretário municipal da Segurança Cidadã, Cel. Eduardo Holanda, presente na abertura do curso, reforçou a relevância desse tipo de capacitação “São iniciativas como essa que elevam cada vez mais a qualidade do aparelho municipal de segurança pública. Nós entendemos que essa marca da Guarda Municipal é muito forte, mas ela pode ficar ainda mais forte quando conseguimos nos reunir e integrar, afinal, todos nós temos o mesmo objetivo, que é fazer a segurança pública municipal das nossas cidades cada vez mais relevante”.

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