A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) lançou, nesta quarta-feira (10/08), no VIII Seminário de Atualização em Leishmaniose de Fortaleza, o 1º Boletim Epizootiológico de Leishmaniose Visceral. O evento ocorreu no auditório Paulo Petrola, na Universidade Estadual do Ceará (UECE), das 8h às 16h20.

Boletim Epizootiológico - Leishmaniose

A composição da mesa de abertura do seminário contou com a presença da secretária de Saúde, Ana Estela Leite; do médico veterinário e coordenador da Vigilância em Saúde de Fortaleza, Nélio Moraes; do presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará (CRMV-CE), Atualpa Soares; do vice-reitor da UECE, Dárcio Itálo Alves Teixeira; da assessora técnica das unidades de Vigilância de Zoonoses de Fortaleza, Klessyane Soares e da coordenadora do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose do Estado, Dra Ana Paula Cunha Gomes.

“O seminário busca a atualização de temas, de pesquisas e de gestão que possam direcionar de forma mais fortalecido o processo de controle dessa zoonose, por ter um envolvimento na cadeia tanto de animas silvestres e urbanos, como os seres humanos, vitimas dessa patologia, tendo um mosquito complexo como vetor”, reforçou Nélio Moraes.

Na ocasião, a gestora Ana Estela parabenizou os envolvidos pelo seminário e reforçou a importância da vigilância em saúde que norteia onde o poder público deve atuar e onde priorizar de acordo com o cenário epidemiológico. “Mesmo com o enfrentamento à pandemia, a Leishmaniose não foi esquecida, os números de redução na capital nos orgulha muito, por se tratar de umas das doenças mais negligenciadas no mundo e Fortaleza vem ao longo dos anos mesmo com muitas dificuldades de custeio financeiro trazendo bons resultados”, ressaltou.

Dados Epidemiológicos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Leishmaniose é uma doença negligenciada. O município de Fortaleza é considerado uma área endêmica de transmissão intensa para esta zoonose. No entanto, nos últimos nove anos vêm sendo registrada uma contínua diminuição no número de casos humanos com mais de 60% dos casos humanos na cidade, associada à redução da soroprevalência para 50%.

Em 2021, foram 180 notificações de casos de leishmaniose visceral em residentes da capital. Desses, 37,77% (68) foram confirmados e 62,22% (112) foram descartados. Dos 68 casos confirmados, foram registrados três óbitos.

Ações de combate

Durante todo o ano, a Prefeitura de Fortaleza, através da Vigilância em Saúde, identifica focos da doença, realiza inquéritos caninos e controle químico, assim como ações educativas, visando ao controle epidemiológico.

A educação em saúde tem um importante papel na prevenção, orientando a população sobre o uso de mosquiteiros com malha fina, telagem de portas e janelas, uso de repelentes, não exposição nos horários de atividade do flebotomíneo (mosquito palha) em áreas de risco, limpeza de quintais e terrenos que favoreçam criadouros para as formas imaturas do vetor, limpeza periódica de abrigos de animais, reduzindo a atração para este ambiente. No caso dos cães, como medida preventiva, o animal pode ser submetido ao protocolo vacinal para leishmaniose e utilizar coleiras repelentes impregnadas com deltametrina 4%. Também é indicado realizar exame sorológico para LV antes de adoções.

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O atendimento no Cuca Jangurussu irá até sexta-feira (31/08)
O atendimento no Cuca Jangurussu irá até sexta-feira (31/08)

A Prefeitura de Fortaleza levará o atendimento do Vetmóvel, a partir desta segunda-feira (27/08), ao Cuca Jangurussu (Regional VI), com acesso pela Av. Alef de Souza Cavalcante, próximo à feira do São Cristovão. Em apoio à semana de sensibilização para cuidados contra a Leishmaniose, organizada pela Secretaria Municipal de Saúde, serão realizadas ações educativas de combate ao Calazar e exames para diagnóstico da doença. Os serviços vão até a próxima sexta-feira (31/08), de 8h às 12h e de 13h às 17h.

As atividades gratuitas de consulta veterinária, vacinação antirrábica e exame para diagnóstico do Calazar são disponibilizadas aos animais de tutores do público em geral. Já as castrações são destinadas exclusivamente aos animais de tutores de baixa renda e oriundos de ONGs e protetores independentes, sendo obrigatória a apresentação do NIS, RG, CPF e comprovante de endereço dos tutores para a realização do serviço. Para castrações, é necessário agendar pelo número (85) 3272-3356 ou presencialmente na Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), na Av. Pontes Vieira, 2391.

Gerido pela Coordenadoria Especial de Proteção e Bem-Estar Animal (Coepa), que é vinculada à Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), o VetMóvel faz parte do plano de ações programadas para 2018 com o objetivo de conscientizar a população de Fortaleza e envolvê-la no combate contra os maus tratos, cuidados e abandono de animais.

Atuam no VetMóvel quatro médicos veterinários, sendo um clínico geral, um anestesista e dois cirurgiões. O equipamento também oferece, gratuitamente, registro geral animal e distribuição de material educativo com informações sobre bem-estar animal e guarda responsável.

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença transmitida pela picada do mosquito flebótomo, também conhecido como mosquito da palha, que pode transmitir a doença a cães e humanos. Os sintomas que os tutores devem ficar atentos em seus animais são descamação seca da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de apetite, vômito, diarreia, lesões oculares e sangramentos.

Atividades do VetMóvel

Normalmente, as atividades são desenvolvidas da seguinte forma:

- Segunda-feira

Atendimento clínico para animais de tutores e atendimento cirúrgico para os animais de protetores de felinos (gatos);

- Terça-feira

Atendimento cirúrgico previamente agendado para caninos (cães) de tutores de baixa renda;

- Quarta-feira

Atendimento clínico para animais com tutores e atendimento cirúrgico para os animais de ONGs de felinos (gatos);

- Quinta-feira

Atendimento cirúrgico previamente agendado para felinos (gatos) de tutores de baixa renda;

- Sexta-feira

a) Atendimento cirúrgico previamente agendado para felinos (gatos) de tutores de baixa renda;

b)Acompanhamento pós-cirúrgico no local da semana anterior.

Documentação e regras para atendimento

I – As atividades de consulta veterinária, vacinação antirrábica e exame para diagnóstico do Calazar são disponibilizadas aos animais do público em geral;

II – As castrações são destinadas exclusivamente aos animais de tutores de baixa renda e oriundos de ONGs e protetores independentes. É obrigatório a apresentação do NIS, RG, CPF e comprovante de endereço do tutor;

III – O retorno para o acompanhamento pós-cirúrgico será feito por um médico cirúrgico-veterinário no local da semana anterior, sempre das 8h às 10h. Caso o animal não seja levado ao local marcado para avaliação, o tutor poderá levá-lo aonde o VetMóvel estiver em atividade, tendo prioridade no atendimento. Durante a semana, os animais que precisarem retornar ao VetMóvel para avaliação pós-cirúrgica, poderão ir ao equipamento ou entrar em contato para orientação pelo telefone da Coepa: (85) 3272-3356;

IV – O VetMóvel irá atender os animais oriundos das ONGs e protetores independentes cadastrados na Coepa, cujo controle está sendo feito por meio de parceria com a ONG Deixa Viver, no sentido de encaminhar os animais para serem castrados, enquanto não for feito o chamamento público para credenciamento das clínicas veterinárias. Os protetores independentes cadastrados encaminharão suas demandas diretamente à Coepa;

V – Os animais deverão ter jejum alimentar de 12 horas e jejum hídrico (água) de 6 horas para as castrações previamente agendadas;

VI – Os animais de ponto de abandono só serão castrados se tiverem protetor independente que ofereçam lar temporário para o pós-operatório e assinem termo de responsabilidade, após passarem por avaliação clínica e exames complementares.

Serviço

VetMóvel no Cuca Jangurussu
Período: de 27 a 31 de agosto de 2018
Endereço: Avenida Alef de Souza Cavalcante - Jangurussu
Horário: de 8h às 12h e de 13h às 17h

 

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Além de cachorros, porcos, jegues e mulas também estão suscetíveis à doença

A Prefeitura de Fortaleza, por intermédio da Célula de Vigilância Ambiental de Riscos Biológicos da Secretaria de Saúde do Município (SMS) promove uma série de atividades dentro da Semana Nacional de Controle e Combate a Leishmaniose (calazar), entre os dias 5 e 10 de agosto.

As ações serão realizadas por 261 profissionais (agentes do controle de endemias e do núcleo de educação em saúde e mobilização, médicos-veterinários, assessores e técnicos) com foco tanto na população, quanto nos territórios mais suscetíveis à doença: idosos, crianças, moradores que vivem em áreas próximas a pocilgas, galinheiros e criação de bovinos, equinos e asininos (mulas, jumentos, burro) e também de áreas pouco urbanizadas, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e onde não haja saneamento básico.

No período da campanha, os profissionais realizarão atividades educativas com visitas domiciliares (em áreas das seis regionais onde ocorreu concentração de casos de leishmaniose nos últimos três anos), exame sorológico de calazar em cães, apresentação de peças teatrais e paródias, palestras sobre prevenção e controle da doença, exposição de banners, faixas, cartazes e do ciclo evolutivo do flebótomo (Lutzomyia Longipalpis - vetor do calazar que é responsável por infectar o homem e o cão sadios).

O evento tem como objetivos alertar a população em relação aos perigos da doença; socializar as informações a respeito dos sintomas do calazar no homem e no cão; ressaltar a necessidade do exame laboratorial no cão, com periodicidade anual; expor os métodos de prevenção e controle do calazar; explicar como é feito o tratamento no ser humano; esclarecer que o tratamento no cão não pode ser realizado, pois é ineficaz e não é recomendado pelo Ministério da Saúde; e desmistificar o mito de que o cão é o vilão da doença.

 

Saiba mais

Em 2013, mais de 39 casos de leishmaniose visceral ou calazar foram confirmados em Fortaleza.  O flebótomo e a doença encontram-se disseminados em todo território de Fortaleza, até o mês de julho, foram confirmados seis óbitos. É necessário que a população comece a ter medidas preventivas dentro de casa, pois o mosquito precisa de umidade, matéria orgânica, áreas sombreadas e proteção do vento para sobreviver. As pessoas devem cuidar de seus quintais, retirando as folhas, limpando as áreas embaixo das árvores frutíferas e denunciando as criações de animais (pocilgas, galinheiros, bovinos, eqüinos e asininos – mulas, jumentos e burros) que são proibidas em área urbana em virtude da Lei Municipal 8966/2005.

 

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