12ª edição da Feira Municipal de Ciências e Cultura

A movimentação para a nova edição da Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza começou cedo nas unidades municipais, que já se preparam para a 1ª etapa do evento: a fase escolar. Nesta etapa, que ocorre até 16 de junho, os alunos e professores desenvolvem as pesquisas e apresentam o resultado para uma equipe de avaliação designada pela gestão escolar e para toda comunidade escolar. Ao final, até quatro trabalhos de cada escola podem ser selecionados para concorrer às vagas da etapa distrital. O evento científico, portanto, divide-se em três fases: escolar, distrital e municipal. As inscrições da 12ª edição vão ser divulgadas no edital a ser lançado em breve.

Este é um dos projetos mais aguardados do calendário escolar da Rede Municipal e envolve todas as unidades escolares do Ensino Fundamental e da modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A feira tem o propósito de incentivar o desenvolvimento de trabalhos científicos no âmbito das escolas públicas da Rede Municipal, bem como o fortalecimento do letramento científico e o protagonismo estudantil, ao estimular a curiosidade e o desenvolvimento da capacidade investigativa, reflexiva e crítica dos alunos.

Na primeira aula do ano letivo, os alunos do professor de Ciências Tiago dos Santos Nascimento, da Escola Municipal Sebastião de Abreu, no Bom Jardim (Distrito 5), já são lembrados sobre o trabalho que podem desenvolver para a Feira Municipal de Ciências e Cultura. Tiago é um dos professores assíduos no evento e teve trabalhos finalistas nas duas últimas edições. “Com a frequência da realização do evento, os alunos já ficam na expectativa da nova edição. Isso incentiva os professores também. Um dos resultados da feira é que os trabalhos dos alunos são publicados em um livro. Isso empolga os estudantes. Acredito que é uma oportunidade inédita para eles”, observa.

Na visão de Tiago, o evento possibilita trabalhar com os alunos as diferenças entre o conhecimento científico e o popular. Em tempos de fake news, o educador acredita ser uma habilidade importante a ser desenvolvida. Ele continua a refletir sobre os benefícios de desenvolver uma pesquisa ainda na educação básica: “A feira oportuniza a iniciação científica já no Ensino Fundamental, o que só traz ganhos aos alunos, que percebem a importância da ciência e como ela está presente no nosso cotidiano. Saímos das atividades tradicionais de sala de aula e conseguimos trabalhar habilidades associadas às competências cognitivas e socioemocionais de maneiras diferentes. Esta é uma boa iniciativa da Rede Municipal”.

Na edição do ano passado, a aluna Mayra Eduarda da Costa Carneiro, da Escola de Tempo Integral Leonel de Moura Brizola, no Planalto Ayrton Sena (Distrito 4), foi uma das finalistas com o trabalho “Sustentabilidade: vidas compartilhadas”. Ela divide um pouco da experiência de participar da feira. “Fiquei super feliz em poder participar e chegar até a final. Com o nosso trabalho, a gente ajudou não somente os pets, mas o meio ambiente no geral. Na edição passada, vimos alguns outros projetos que nos inspiraram e já estamos pensando em algo para levarmos para a feira deste ano", planeja.

Fases da Feira de Ciências

Podem participar trabalhos de pesquisa desenvolvidos por estudantes, com a orientação dos professores, do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Rede Municipal. Os temas dos projetos de pesquisa da Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza serão escolhidos a partir do diálogo entre o professor orientador e os estudantes e contemplarão as seguintes áreas do currículo escolar: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Ciências Ambientais. Em breve, a Secretaria Municipal da Educação (SME) divulgará o edital desta nova edição e demais informações.

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